O texto de Andrew K. Copus traz à tona a discussão sobre os fatores que influenciam no desenvolvimento regional, em especial na União Europeia, apresentando o conceito de "perifericidad no espacial" para explicar porque determinadas regiões, consideradas periféricas, tem potencial de desenvolvimento maior do que aquelas consideradas "centro". Assim, o autor vai em sentido contrário às tendências tradicionais, entre elas as geopolíticas, ao negar a "perifericidad" como causa única e determinante para o desenvolvimento de certas regionais e não outras.
Um olhar atento sobre o texto, entretanto, pode suscitar dúvidas sobre a aplicabilidade de tal conceito nas regiões menos desenvolvidas (ou periféricas) do globo, como América Latina e África, por exemplo. Nessas áreas, apesar de também manifestar as tendências de desenvolvimento colocadas no texto (como novas teconologias de informação e comunicações e qualidade das redes empresariais), o fator territorial ainda é muito presente, especialmente se se tratar de infraestrutura.
Pode-se inferir, a partir de então, que provavelmente Copus pôde chegar à conclusão de que a territorialidade é um fator decadente em matéria de desenvolvimento por analisar a realidade europeia, marcada por estar em posição central no cenário internacional.
Por sua vez, essa falha não desprestigia a qualidade do texto e sua capacidade de unir diversos elementos que corroboram para a promoção do desenvolvimento local. Entre eles, um em especial chama a atenção, qual seja, o "grau de integração com as redes globais" (p. 50), pois mostra a importância do "internacional" para o "local" e revela perspectivas para a busca de desenvolvimento em qualquer região.
Isabella Soares Curce - 3º RIV
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