domingo, 8 de agosto de 2010

Estratégias de Desenvolvimento Local e Regional: Clusters, Política e Localização e Competitividade Sistêmica Jörg Meyer-Stamer


Em países em desenvolvimento, a criação de clusters confere a suas empresas uma vantagem competitiva imediata, fazendo com que essas tenham mais chances de se destacar tanto no mercado interno, como no externo. No entanto, a longo prazo, essa “instituição” pode vir a aumentar a dependência interna (de uma região com relação a outras de um mesmo país), bem como a externa (de um país com relação aos outros). Essas regiões especializadas podem, ainda, tornarem-se mais vulneráveis a possíveis crises ou mesmo à concorrência externa, ao passo que uma simples redução de vendas pode representar a falência de toda a região. Em contrapartida, observando a teoria das “Vantagens Comparativas” de David Ricardo, poder-se-ia dizer que essa seria uma forma de posicionamento comercial que viria a beneficiar todos aqueles que dele participam, uma vez que cada região produziria o bem segundo o qual teria ‘vantagem’ em comparação com as demais e todas se beneficiariam após o intercâmbio desses bens.      Além do mais, o desenvolvimento local pode ser visto como um aspecto prático do “agir localmente” pensando “globalmente”.
Uma observação a ser feita é a dificuldade de se estabelecer uma relação de confiança tanto entre empresas, como entre empresas e governo. A competição é vista como um “jogo de soma zero” e o público é visto como antagônico ao privado. É um grande desafio transpor esse paradigma e criar uma nova situação em que a competição também possa indicar cooperação e em que o público seja visto como complementar ao privado. A estruturação completa dos três triângulos do desenvolvimento (da promoção de empresas, da política de localização e da sustentabilidade) requer que se pense dessa forma.
Nayara Cristina Costa (3º RI Vespertino)

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