No século XXI, a análise das novas interações regionais deve levar em consideração o desenvolvimento de fatores tecnológicos que diminuíram as distâncias físicas entre as mais diversas regiões do mundo. Hoje, a localização territorial de uma dada região e seu desenvolvimento muitas vezes podem não ser concomitantes, pois, mesmo sendo periférica uma região pode alcançar seu desenvolvimento com o auxilio dos mais diversos meios, tanto de transporte como de comunicação, visando expandir suas influências.
Assim, o conceito de centro e periferia torna-se às vezes obsoleto, pois com uma dinâmica mundial tão ativa, muitas vezes é difícil comparar o porquê uma economia periférica tornou-se desenvolvida ao passo que uma região central não alcançou o mesmo desenvolvimento.
Com isso, uma região periférica não pode ser mais considerada apenas aquela que está distante dos grandes centros, muitas vezes esses mesmos centros se tornam periféricos em diversos aspectos. Por exemplo, regiões como Portugal e Espanha que, apesar de estarem inseridas em uma comunidade central e possuírem uma posição estratégica de proximidade com o continente americano, não alcançaram o mesmo desenvolvimento registrado na Alemanha que apesar de não possuir essa “vantagem geográfica” tornou-se uma região de destaque.
Outra crítica acerca do conceito de periferia é que pertencer muitas vezes a essa “denominação” é positivo para algumas regiões. Uma vez que através de tecnologias elas perdem esse “isolamento” e a infiltração de produtos de outros mercados torna-se possível podendo gerar uma competição desleal e levar essa região agora “inserida” na dinâmica comercial globalizada a uma decadência de seus potenciais econômicos já que muitas vezes não possui a estrutura suficiente para competir em um mercado tão acirrado.
Por isso a discussão acerca de economias centrais e periféricas torna-se importante no que tange as politicas econômicas a serem desenvolvidas nas mais diversas regiões do globo, analisando as vantagens e desvantagens trazidas por essa denominação.
Marco Trindade
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