Espaço destinado à discussão acerca das políticas de fomento ao desenvolvimento regional implementadas no âmbito da União Européia. Pretende-se que as reflexões aqui produzidas não se restrinjam ao tema si, mas que se esforcem, na medida do possível, em estabelecer uma perspectiva comparada com outras realidades territoriais
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Desenvolvimento dos territórios: movimento centrípeta ou centrífuga?
Com as opções do título talvez não consigamos responder à indagação nele proposta. Poderíamos de certa forma achar um novo termo para tal. Eu esbocei uma palavra "centrisocial", mas depois descobri no google que ela só existe em italiano.
Contudo, para explicar as ideias de desenvolvimento territorial de Andrew K. Copus, me valerei dessa palavrinha esquisita. "Centrisocial" quer dizer que o centro é o social. Uau! Que novidade! Mas é mesmo isso. Com essa explicação barata estou tentando explicar o seguinte: Copus expressa a ideia que existem novos fatores para o desenvolvimento territorial que não apenas os espaciais, que (segundo economistas tradicionais como Hirschmann e Friedmann) condicionam o desenvolvimento de territorios periféricos ao elemento geográfico e quanto à sua acessibilidade.
De acordo com os estudos realizados por Copus na Europa, existem muitas regiões periféricas que são mais desenvolvidas do que regiões supostamente centrais, pricipalmente na região escandinava, e até mesmo, que algumas regiões que eram consideradas isoladas geograficamente, possuíam uma dinâmica econômica que foi abalada e rompida no momento em que foi facilitado o acesso à ela, pois sua produção não resistiu aos ataques de produtos externos. Então, sua defesa vai no sentido que existem fatores de ordem não-espacial que determinam o desenvolvimento. E, esses fatores são diversos, como governança local, redes empresariais, cooperação, capital social e acesso a novas tecnologias, o que permite a acessibilidade e conectividade dessas regiões como mundo.
Em suma, retomo agora o "Socicentral", uma vez que praticamente todos os fatores "não-espaciais" de desenvolvimento, envolvem redes sociais, capital social, redes de empresas, ou seja, a base de tudo é o social, aquilo que é criado coletivamente, a liga que une a sociedade do globo, no chamado "Small World Phenomenum", e isso tudo está sendo facilitado pela comunicabilidade proporcionada pela revolução teconológica que estamos vivenciando, e no epicentro disso tudo, sem o qual nada se conectaria, está o social, que nada mais é do que a rede que se estabelece entre cada indivíduo que se conecta de alguma forma que seja.
Orion Joss
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