Nos anos 90, com fim da guerra fria e a intensificação do processo de globalização houve um aprofundamento das relações sociais, políticas, economias e culturais entre distintas localidades, unindo-as de tal modo que os acontecimentos locais são influenciados por eventos que acontecem a milhares de distâncias. É por esse, e por diversos outros motivos, que diferentes organismos internacionais como o PNUD defende que tais localidades, seriam os lugares mais propensos para serem realizadas medidas desenvolvimentistas.
É sob essa perspectiva que podemos afirmar que Stamer, autor do texto “Estratégias de Desenvolvimento Local e Regional: Cluster, Política de Localização e Competitividade Sistêmica”, defende o fomento a economia local, o desenvolvimento territorial ou local, e políticas regionais para apoiar a competitividade empresarial. Diante disso, ele argumenta sobre a importância dos clusters ou aglomerações empresarias que operam em um mesmo setor industrial para a criação de vantagens competitivas em relação a outras localidades. Tais aglomerações devem utilizar os fatores de localização como mão de obra qualificada, recursos naturais entre outros.
No entanto, ao observamos tal análise podemos questionar se tal panorama não criaria uma região dependente de um único setor de produção, como podemos constatar em Franca, em que a maior parcela da população é especializada somente na produção calçadistas, tal cenário também tende a debilitar-se caso ocorra uma crise que prejudique o setor ao qual tal localidade é especializada, ocasionado desemprego em massa.
É vantajoso que tais localidades utilizem-se dos fatores presente em suas regiões com o objetivo de desenvolverem-se economicamente, no entanto, é importante que além dessa produção principal aja outras em diferentes áreas, como na prestação de serviços na área turística, isso impede que a economia de tais localidades seja dependente de um único setor.
Daiane Lima, 3º ano RI - vespertino
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