segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ascensão de atores subestatais no Sistema Internacional

Ao fim do século XX e início do século XXI, a evolução da globalização possibilitou uma maior interconexão tanto entre Estados quanto entre regiões, possibilitando a ascensão destas últimas como novos atores na dinâmica do Sistema Internacional contemporâneo. Assim, o status quo de controlador das interações antes pertencente aos Estados se enfraquece e as relações entre os atores subnacionais começam a ganhar força.
Assim, a autonomia adquirida por empresas, prefeituras, e outros tantos novos atores gera uma nova dinâmica tanto interna quanto externa aos Estados. Sendo tais atores legitimados a buscar investimentos e parcerias para seu desenvolvimento surgem novos meios de interação, podendo se destacar os clusters, aglomerado de entidades que colaboram entre si em uma mesma localidade e possuem características semelhantes.
Porém, essas interações muitas vezes podem não trazer apenas benefícios, pois uma vez que um mercado mundial ganha novas peças, a competitividade se torna mais cruel e aqueles menos preparados podem vir a sucumbir perante a concorrência com os melhor estruturados.
Com isso, essa nova dinâmica de relações inter-regionais nos traz um novo paradigma a ser estudado no que tange ao surgimento de novas entidades capazes de modificar as relações globais. Um cenário cujo objetivo principal é a busca por desenvolvimento de uma área específica através de alianças e interações agora legitimadas e até mesmo incentivadas pelos Estados, uma interação que visa um desenvolvimento pleno.

Marco Trindade

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