Observando-se a inserção de novos membros na UE, cabe-nos o questionamento sobre até que ponto esta união supranacional pode manter-se coesa e com desenvolvimento igualitário a todos seus Estados-membro.
Contemplando, atualmente, 27 países de diferentes culturas, estruturas econômicas e sociais, a União Européia abarca uma multiplicidade de realidades locais com diferentes necessidades.
Políticas padronizadas de desenvolvimento voltadas à União Européia como um todo apresentam-se como errôneas, por não levarem em consideração necessidades locais e diferentes realidades. Faz-se necessária a criação de políticas regionais diferentes que abarquem cada uma dessas especificidades regionais, de modo que o desenvolvimento não seja algo exógeno, mas sim fruto de políticas e projetos de desenvolvimento gerados por organizações locais.
É preciso levar-se em conta as diferentes realidades econômicas e sociais em que cada região se encontra, de modo que soluções efetivas a ela sejam direcionadas. Porém, para que este desenvolvimento regional de fato ocorra, é necessária uma maior atenção da União Européia em estratégias para que planejamentos e ações a nível local ocorram. Observa-se, por exemplo, a necessidade de auxiliar o desenvolvimento das áreas periféricas em aspectos econômicos e tecnológicos ao analisar-se a insuficiência de economias externas que estas possuem, advinda, entre outros fatores, da ausência de grandes cidades nestas regiões. A solução apontada seria a criação de agências de desenvolvimento dinâmicas, que auxiliem tais regiões a desenvolver-se tecnologicamente e a crescer de forma uniforme.
É interessante notar que cidades da União Européia já vêm mobilizando-se na busca de soluções regionais a seus problemas, ao participarem de redes de cidades, tais quais a URB-AL, como forma de trabalharem em conjunto com cidades com mesmas características e necessidades (sejam estas da UE, sejam da América Latina) com fins de troca de know how e soluções a serem implementadas para o desenvolvimento da cidade e da população local. Sendo este um programa com objetivo de coesão social e territorial, por meio da cooperação entre cidades, é interessante observar-se as diferentes formas de soluções que possam levar à uma maior coesão territorial na União Européia, as quais não necessariamente precisam ser advindas de programas da União para todos seus Estados-Membro, mas sim por meio de cooperações e ações a nível local.
Natália Tokashiki Tavares Rodrigues - 4 RIV
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