segunda-feira, 16 de agosto de 2010

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TERRITORIAL

Com o intuito de explicar o desenvolvimento econômico territorial foram desenvolvidos diversos conceitos em relação à localização das atividades econômicas, sob essa perspectiva, argumenta-se que a periferização espacial acarreta desvantagens, uma vez que a distância pode ter como conseqüência elevados custos de transporte, falta de acesso as matérias-primas e aos mercados produtivos, além de elevados custos de provisão de serviços públicos e privados e deficiências na infra-estrutura, sendo que, com esses fatores as atividades econômicas localizadas na periferia perde a sua competitividade. Diante desse panorama as regiões centrais encontrar-se-iam privilegiadas por possuem tais requisitos que se encontram debilitados nas regiões periféricas. Assim, segundo tal análise, há uma “relação sistemática entre a localização geográfica e o grau de dinamismo econômico do território”.
No entanto, segundo Copus, após diversas pesquisas realizadas na União Européia, foram encontradas regiões centrais com deficiências industriais e elevado nível de desemprego, e outras regiões periféricas mostraram-se prósperas, especialmente em países escandinavos. Do mesmo modo, segundo o indicador que mede a acessibilidade a partir de diferentes meios de transporte, não existe uma relação entre periferização espacial e o PIB por trabalhador.
Dessa forma, “a periferização espacial não oferece uma explicação completa das disparidades regionais na Europa e, por tanto, sugere a presença de outros fatores não espaciais que teriam uma função relevante na configuração do desenvolvimento econômico regional”. Esses novos fatores foram denominados por Copus como “novos fatores de desenvolvimento territorial”, como novas tecnologias de informação e comunicação, relacionadas à infra-estrutura; inovações e redes empresariais; capital social; governos locais que favoreçam o desenvolvimento regional; e integração com as redes globais, principalmente no que se refere às atividades turísticas.
Assim, segundo as observações do autor, é necessário articular a análise da localização geográfica com outros fatores, pois para haver a elaboração de políticas de desenvolvimentistas é necessário que se entenda os diversos fatores que estão relacionados com o processo desenvolvimentista, desse modo, analisá-lo somente de um ângulo seria restringir tal processo e não obter todos os objetivos almejados.


Daiane Lima – 3 º RIV



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