Compreender os processos de integração regional requer mais do que simplesmente uma análise das características econômicas dos Estados participantes e do teor dos acordos firmados entre os mesmos. Os aspectos políticos e sociais, também são parte integrante de tais projetos, considerando-se que os cidadãos são aqueles diretamente afetados pela integração.
Dessa forma, o exame de propostas visando a promover a mobilização conjunta dos governos para desenvolver regiões fronteiriças, como o Interreg, faz-se de extrema importância, pois envolve diferentes aspectos que merecem ser apontados. O intercâmbio de práticas no sentido de desenvolver regiões limítrofes entre os países da União Europeia afeta, não somente, a economia destas regiões, mas também incentiva a troca mútua entre as populações dos mesmos. A construção de pontes entre perspectivas e identidades diferentes é capaz de levar à síntese de novas interpretações da realidade europeia e da própria dinâmica regional.
A influência defendida por teóricos construtivistas entre agente e estrutura se torna, desse modo, visível em tal processo, a partir do momento em que a iniciativa do bloco se vale da atuação dos indivíduos para realizar uma proposta que, mesmo beneficiando os Estados individualmente, gera ganhos para ambas as partes em termos de melhorias econômicas, além de aumentar o nível de reconhecimento intercultural entre diferentes nacionalidades, promovendo assim a construção de uma identidade verdadeiramente europeia.
Maria Teresa Braga Bizarria - 4º RIV - 4100107
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