O programa INTERREG, iniciativa criada em 1990 para minimizar o "efeito de fronteira" nas regiçoes fronteiriças da UE, demonstra, através de casos práticos, como é possível revitalizar e levar o desenvolvimento a regiões tradicionalmente isoladas e marginalizadas. O território europeu se torna um microcosmos para analisar os efeitos da globalização e da interdependência, nesse caso nocivos, e as alternativas que se propõem para superá-los. Interessante notar que as soluções mostradas não requerem, muitas vezes, grandes montantes ou idéias extraordinárias; apenas bastou um olhar que reconhecesse os problemas conjuntos e buscasse saídas, mesmo que simples.
Nesse sentido, a qualificação profissional foi um meio presente implícita ou explícitamente em muitos casos para se alcançasse o desenvolvimento, qualquer que fosse a área (transportes, meio-ambiente, economia, turismo, emprego, administração ou gestão). Entretanto, isso não foi suficiente: as universidades também tiveram papel importante nesse processo como protagonistas ou coadjuvantes. Esses dois elementos querem dizer que, se se espera superar o isolamento e a marginalização, um dos caminhos será, necessariamente, o fortalecimento do ensino técnico e acadêmico, a fim de que os benefícios da globalização e da porosidade das fronteiras sejam usufruídos equitativamente por todo o território em questão.
Isabella Soares Curce
3º RIV - RA: 4204808
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