terça-feira, 19 de outubro de 2010

A União Européia apresenta diversidades regionais significantes, que tornariam impraticável uma governança centralizada do bloco. Entretanto, as iniciativas tomadas por programas como o INTERREG, o URBAN e outros menores mas não menos importantes, visam a uma equalização dos níveis sociais e econômicos das localidades atrasadas, abandonadas e marginalizadas dos países membros do bloco. Essas áreas marginalizadas geralmente possuem características e riquezas que, se aproveitadas de maneira correta, podem contribuir e muito para um desenvolvimento mais significativo do bloco como um todo. Integrando todas essas áreas, capacitando-as às necessidades da União Européia e aos seus pré-requisitos, o bloco se fortalece. Porém, os problemas enfrentados também são muito heterogêneos, e tais programas enfrentam desafios em todas de diversas formas. Para que a resolução desses problemas possa ocorrer de maneira satisfatória nas diversas localidades, é necessário que as decisões tomadas, os problemas focalizados, sejam tomadas pelos governos locais e/ou programas sociais e iniciativas já existentes, por conhecerem mais a fundo a questão a ser resolvida. Como aponta a própria avaliação e a opinião expressada por líderes dos programas regionais, essas iniciativas estão surtindo efeitos para a recuperação e integração dessas localidades. O interessante é o fato de que algumas críticas foram feitas no sentido de que a burocracia da avaliação pela parte mais "central" desses programas acaba atrapalhando e até inviabilizando certos programas. Ainda assim, a maneira de enfrentar os problemas e buscar soluções de forma "horizontal" não é contestado e segue como sendo a saída a ser adotada em toda União Européia e também a ser exportadas pra outras localidades. Quando analisamos o caso europeu e comparamos com o caso brasileiro, vemos que tal adaptação é viável. Se esses programas apresentam resultados positivos em um bloco tão heterogêneo, com disparidades culturais, linguísticas e econômicas tão gritantes, a chance de projetos similares vingarem no Brasil é alta e vale a pena o investimento (geralmente não tão alto, como apresentado nas avaliações) frente o resultado esperado.

Arthur Rehder da Cunha Patuci - 4100308 - 3o RIV

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