Ao se pensar os clusters como um aglomerado competitivo, não se pode negligenciar o fato de sua criação ser motivada por vínculos de interdependência entre diferentes setores, como o governamental e o empresarial, visando à obtenção de vantagens a nível local/regional.
O papel do Estado é relevante na promoção desse desenvolvimento localizado, contudo sua atuação deve ser equilibrada para não ser tender à insuficiência ou à regulação extrema. Assim, os Estados e, na perspectiva em análise, os incentivos advindos da própria União Europeia, devem ser entendidos como um suporte às iniciativas para tal desenvolvimento industrial de pequenas e médias empresas (PMEs).
Dedicar-se ao mapeamento da atividade mais apropriada a espaços geográficos delimitados contribui para que as PMEs envolvidas em um cluster se mantenham competitivas, além de desenvolver seu potencial de inovação. Dessa forma, é possível, portanto, compreender o ciclo descrito como “triângulo da política de localização”. A promoção econômica acaba por inserir nesse processo a demanda por mão-de-obra qualificada, sendo que se passa a utilizar, então, a mão-de-obra local, além de incitar o planejamento urbano/regional voltado para a oferta de serviços que atendam as necessidades dessas indústrias, de forma a consolidar nessas regiões pólos industriais especializados e auto-suficientes.
A vantagem, portanto, dessa composição para a União Europeia de maneira geral se faz visível na fixação dos trabalhadores em suas regiões, evitando o inchaço populacional em grandes centros que já lidam com problemas de desemprego. Assim, a credibilidade depositada em projetos da União e em sua eficácia aumentam, posto que se torna possível visualizar maior coordenação no crescimento industrial de regiões menos desenvolvidas, além da redução das assimetrias no espaço territorial europeu.
Maria Teresa Braga Bizarria - 4º RIV - 4100107
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