terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cooperação sem Fronteiras

A iniciativa comunitária Interreg é mais um esforço da União Européia no sentido de alcançar uma maior coesão econômica e social, levando em conta a grande relevância das regiões fronteiriças para o bloco, em termos territoriais e populacionais. Estas regiões, na maioria das vezes, enfrentam diversas dificuldades em razão do seu caráter periférico, como baixa densidade populacional, desvantagens naturais, limitações em termos de infra-estrutura, má gestão de ecossistemas, etc. A Interreg visa o desenvolvimento integrado das áreas transfronteiriças, atenuando o "efeito de fronteira".
Um diferencial da iniciativa está em, além de promover a cooperação com as regiões fronteiriças internas, se extender às regiões das fronteiras externas à União, e mesmo a países terceiros. Esse fator leva em conta que estas regiões fronteiriças externas passarão a fazer parte do mercado único futuramente, e, consequentemente, novas regiões se encontrarão em fronteira com a União Européia. Em sua maioria, as regiões nas fronteiras externas apresentam um grande desnível de desenvolvimento e infra-estrutura com relação às regiões pertencentes à União. Portanto, o programa visa fornecer a estas regiões que se tornarão parte do bloco no futuro uma familiarização com os métodos e regras das políticas de cooperação e desenvolvimento regional.
A Interreg III possui três vertentes, a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regional; respectivamente, entre as zonas fronteiriças internas e externas; entre os grandes grupos de regiões do bloco, incluindo as regiões externas a ele; e entre o bloco como um todo.
Os exemplos de cooperação são os mais diversos, abarcando setores como transportes e telecomunicações, gestão sustentável do meio ambiente, criação de empregos, cooperação econômica e tecnológica, e se estendendo até mesmo ao setor acadêmico, da cultura, e do turismo.
Esta iniciativa de cooperação reflete a preocupação da União Européia com o desenvolvimento equilibrado, não apenas a curto, mas também a longo prazo, pois engloba a perspectiva do alargamento do bloco. Assim, busca-se enfrentar os desafios do presente, e ao mesmo tempo prevenir dificuldades e preparar o terreno para um futuro mais promissor.

Isabella Cristina Menezes Mota - 3º RIV

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