A avaliação da política regional na EU avalia o período de 2000 a 2006 e tem como finalidade medir os impactos dos projetos de desenvolvimento quantitativa e qualitativamente. As temáticas privilegiadas se relacionam com a infra-estrutura, em especial a parte de transportes, visando prioritariamente o crescimento econômico. Entretanto, mesmo com a prevalência de projetos que visem ao crescimento do PIB, não podemos dizer que os demais assuntos não se beneficiam indiretamente da elevação do PIB regional, já que com uma maior renda os valores dos financiamentos em outros setores podem se elevar.
Os projetos de infra-estrutura básica abordam 58 por cento dos investimentos. Os demais domínios de intervenção, tecido produtivo e recursos humanos ocupam, respectivamente, 37 e 2 por cento do total de investimentos. Além dos investimentos diretos, a estratégia de apoio também se baseia em instrumentos indiretos de desenvolvimento como a priorização do apoio à pequenas e médias empresas. Tais empresas não se caracterizam como as PMEs que fabricam produtos menos sofisticados, com menos valor agregado, mas desenvolvem produtos com alta tecnologia.
Os temas que são menos evidenciados na avaliação das políticas de 2000 a 2006 são o meio ambiente e a questão dos imigrantes. Talvez a não citação deste último tema no documento se deva ao fato de que se tem desenvolvido mais acentuadamente na EU o xenofobismo, devido ao desemprego, e isso pode causar o sentimento de não-pertencimento destes imigrantes no bloco. Como exemplo se pode citar a decisão da França em expulsar os ciganos do país.
Apesar de se deixar a desejar na questão dos imigrantes, podemos dizer que de modo geral as políticas de desenvolvimento regional possuem saldo positivo, pois várias regiões conseguiram se inovar tecnologicamente, elevar seu PIB e alcançar melhorias nas condições de vida da população, através dos investimentos em capital humano, políticas de saneamento e projetos de desenvolvimento sustentável.
Ana Carolina Gobbo - 3RIN
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