Espaço destinado à discussão acerca das políticas de fomento ao desenvolvimento regional implementadas no âmbito da União Européia. Pretende-se que as reflexões aqui produzidas não se restrinjam ao tema si, mas que se esforcem, na medida do possível, em estabelecer uma perspectiva comparada com outras realidades territoriais
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A cooperação tranfronteiriça como promotora da identidade europeia
Desenvolvimento local: redução de assimetrias globais
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Política de Coesão - Um Aumento da Demanda
Essas políticas de coesão mostraram-se bastante eficaz, quando analisamos a melhora dos países beneficiados em seu começo, como Portugal, Irlanda, Espanha e Grécia. O sucesso dessa política se deve a alguns princípios adotados. Um bom exemplo é a descentralização dos programas, já que as principais diferenças não são entre países, mas muitas vezes ocorrem enormes disparidades entre diferentes regiões do mesmo país, necessitando-se assim de uma abordagem mais localizada e específica; além disso, em alguns casos, a região deficitária envolve mais de um Estado. Outro exemplo é a objetividade dos programas escolhidos, com prioridades definidas e objetivos traçados que buscam números e taxas a serem atingidos. A transparência também é outo fator apreciável dessa política, pois cobra sempre relatórios sobre a evolução dos programas com base em dados estatísticos unificados e escolhidos por uma central, além da divulgação para a população desses resultados através de diversos meios de comunicação. Aqueles programas que possam conter falhas ou desvios correm o risco de perderem seu financiamento e também há a possibilidade de uma recuperação do montante investido pelos Fundos responsáveis (são eles majoritariamente o Fundo de Coesão, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e o Fundo Social Europeu).
Porém, com a entrada de novos países no grupo (notadamente Estados-membros com grandes déficits nas áreas da economia, meio ambiente e de infra-estrutura), esses novos membros passaram a ser o principal foco dessas políticas, tirando do primeiro plano os países já citados Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, já que a disparidade dentro do bloco que havia antes se tornou ainda maior. Evidentemente que esses novos membros necessitavam do auxílio desses fundos para integrar suas áreas mais atrasadas, aproximando-as da média do bloco. Entretanto, apesar dos números apontarem uma clara evolução dos indicadores naquelas regiões auxiliadas a mais tempo, talvez essa divisão dos fundos e mudança de foco tenha prejudicado uma possível conclusão dessa integração que já estava em curso. Se os números apresentados já são bastante significativos, podemos supor que, se houvesse uma conclusão dos programas pré-existentes antes da adoção de novos nessas áreas recém incorporadas, as primeiras regiões beneficiadas já estariam integradas, com um produto econômico maior e até contribuindo mais para recuperar essas novas áreas de maneira mais efetiva a partir de então.
Arthur Rehder da Cunha Patuci - 3ºRIV - 4100308
Por uma receita de desenvolvimento mais abrangente
No espaço que hoje se construiu a União Europeia, é realmente impressionante olhar este território e imaginar que há cinqüenta anos este mesmo se encontrava em guerra absoluta.
De fato, podemos assinalar que a Europa é um modelo de desenvolvimento social, pois foi capaz de recriar a estabilidade e manter a prosperidade. A integração regional é considerada um dos fatores que tornou possível o sucesso deste processo. Com o gradual aumento dos números de países, principalmente de países com razoáveis desordens econômicas, os desequilíbrios também aumentaram e trouxeram novas questões ao processo de integração europeu.
Nota-se que o processo de integração é uma política eminentemente econômica, pois essa é entendida como um pressuposto de convergência no âmbito do desenvolvimento das regiões.
A receita da União Europeia para a coesão é, grosso modo, bem simples. Na verdade, esta não passa de uma soma de estabilidade e desenvolvimento econômico.
Há de se assinalar que as questões culturais, importantíssimas na opinião deste autor, são simplesmente marginalizadas. A integração é, antes de tudo, um processo que envolve pessoas e, no caso em questão, culturas distintas.
Por isso, é necessário que abordagens culturais sejam discutidas e incrementadas na União Europeia. Só assim, teremos uma receita de desenvolvimento mais plural e abrangente.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Diretrizes da poítica regional
-Uma política regional exige em longo prazo visão estratégica do que deve ser atingido. Isto pode ser o desenvolvimento de setores importantes, como os transportes, ou áreas geográficas, como a prioridade dada às áreas menos desenvolvidas no domínio da política da UE.
-Deve ficar claro como o dinheiro é gerado e atribuído aos programas ou regiões. A UE adota hoje uma abordagem inclusiva para os beneficiários, com todas as regiões sendo elegíveis para alguma forma de apoio, mas, ao mesmo tempo, é alocado um nível muito alto de recursos em regiões menos desenvolvidas.
-O levantamento de recursosos não pode ser condicionado por questões políticas, isto é, deve ficar claro como o dinheiro é alocado nos programas e regiões; Tudo isso com o suporte de indicadores estatísticos.
-As autoridades de gestão, com um amplo leque de interesses, devem encontrar fontes locais de recursos (públicos ou privados). Não há sentido esses projetos ficarem subetidos a autoridades superiores, uma vez que os projetos devem pertencer à comunidade que se beneficia deles.
-Ter capacitação institucional formal e informal adequadas é crucial para o sucesso da gestão dos programas. Isto inclui capacitações em áreas como a gestão financeira, palnejamento do desenvolvimento econômico e na identificaçãode parceiros adequados. A questão das capacidades institucionais é essencial para o sucesso da implementação de programas de cooperação transfronteiriça (que reúnem as estruturas administrativas que podem ter pouca experiência em acções de cooperação).
-Faz-se necessário o acompanhamento e a avaliação das ações para os fins de se poder demonstrar o o valor acrescentado aos beneficiários dessa política. Isto exige a inclusão de uma capacidade técnica de adiministração aos programas.
-A transparência na aplicação de políticas e programas é um componente fundamental da boa governança. Assim, uma comunicação eficaz e sistemas de informação devem estar incluída na administração do programas, por exemplo, indicando os projetos que foram assistidos, os resultados de acompanhamento e avaliação e como os beneficiários potencias devem agir.
Ricardo Sanchez Toniollo - 4101508
Políticas Regionais na União Européia: o reforço da coesão economica, social e territorial
A questão da coesão e da vulnerabilidade das políticas na União Européia
Izabella Prosdocimo - 3 RI Vespertino - RA:4103009
Entre a coesão e a qualidade da política pública
Na última década do século XX, a política apareceu como a grande propulsora dos processos de reestruturação produtiva na Europa. Com a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992, o projeto de integração se tornou mais claro e com um viés marcadamente favorável a abertura das economias. Mas sua maior ênfase foi a busca por uma política de coesão territorial e de coordenação do progresso técnico-produtivo das economias periféricas do continente, com destaque para Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda.
A promoção da competitividade na Europa ocidental, sem sombra de dúvidas, se daria pela realocação dos parques produtivos tradicionais para regiões mais “viáveis” economicamente, guiada principalmente pela expansão dos Estados-membros da UE, pelo projeto de criação do Euro (em 2001) e pelas políticas de fomento a Pesquisa, Desenvolvimento e inovação tecnológica (I+D+i) dentro das PME’s industriais. Elas seriam direcionadas para a criação de novos processos e produtos em setores como o de semicondutores, biotecnologia, tecnologias em softwares e das comunicações, energia, etc., já preocupados com o discurso da sustentabilidade ambiental. Essa foi uma mudança fundamental, e esteve relacionada com o processo de alteração na Qualidade das pólíticas públicas. Elas estiveram mais próximas de reformas infra-esturuturais que preservassem a preocupação com o investimento em bens intangíveis.
Assim, a compreensão do desenvolvimento de estratégias de adaptação das economias na Europa é um processo complexo e assimétrico, com elementos de caráter históricos, sociais e culturais que moldaram desiguais comportamentos e resultados das políticas adotadas nos diversos países. Elas são diferentes entre si, e é um erro considerar a existência de uma estratégia única de modernização econômica no continente, mesmo com o advento da política regional e com o papel dos fundos estruturais supranacionais.
É possível afirmar a existência de uma "Estratégia Europeia de Desenvolvimento Regional"? Não. A unificação estratégica seria a morte da necessária especificidade territorial no tratamento da política pública na Europa.
Renan Leonel, 4°RIV.
AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Os projetos de infra-estrutura básica abordam 58 por cento dos investimentos. Os demais domínios de intervenção, tecido produtivo e recursos humanos ocupam, respectivamente, 37 e 2 por cento do total de investimentos. Além dos investimentos diretos, a estratégia de apoio também se baseia em instrumentos indiretos de desenvolvimento como a priorização do apoio à pequenas e médias empresas. Tais empresas não se caracterizam como as PMEs que fabricam produtos menos sofisticados, com menos valor agregado, mas desenvolvem produtos com alta tecnologia.
Os temas que são menos evidenciados na avaliação das políticas de 2000 a 2006 são o meio ambiente e a questão dos imigrantes. Talvez a não citação deste último tema no documento se deva ao fato de que se tem desenvolvido mais acentuadamente na EU o xenofobismo, devido ao desemprego, e isso pode causar o sentimento de não-pertencimento destes imigrantes no bloco. Como exemplo se pode citar a decisão da França em expulsar os ciganos do país.
Apesar de se deixar a desejar na questão dos imigrantes, podemos dizer que de modo geral as políticas de desenvolvimento regional possuem saldo positivo, pois várias regiões conseguiram se inovar tecnologicamente, elevar seu PIB e alcançar melhorias nas condições de vida da população, através dos investimentos em capital humano, políticas de saneamento e projetos de desenvolvimento sustentável.
Ana Carolina Gobbo - 3RIN
Políticas de Coesão e Vulnerabilidade
Ao Serviço das Regiões – A Política Regional da UE para 2007-2013.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Avaliação das políticas de coesão
Avaliando as Políticas de Coesão
A análise consegue confirmar o sucesso dos programas realizados, percebendo que o aumento do PIB per capita nos locais onde houve investimento teve aumento maior em relação a outras localidades. As áreas de investimento são um fator importante a destacar, sendo principalmente a infra-estrutura, transporte, incentivos às pequenas e médias empresas, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento horizontal, que foca em questões de igualdade, como a questão do gênero. Como se vê, pode-se classificar a Política de Coesão como possuindo um papel de fomento ao desenvolvimento, gerando uma poupança compulsória pela verba proveniente de impostos que é encaminhada aos fundos da UE, e investindo-a em áreas chave para o desenvolvimento. No caso da infra-estrutura de transporte na Polônia, como demonstra Elzbieta Bienkowska, ministra do Desenvolvimento Regional, um de cada três zlótis investidos no país através de dispêndio público veio dos fundos da UE, sendo responsáveis por cerca de 20% dos empregos criados.
Neste sentido, é interessante perceber que a confirmação do sucesso dos programas faz com que se busque cada vez mais maneiras de medir objetivamente o impacto dos programas nas localidades, podendo assim analisar comparativamente uma política de raio tão amplo, e medir de maneira mais exata as qualidades de cada projeto em específico.
Erick Baumgartner 4104606
Arthur Rehder da Cunha Patuci - 4100308 - 3o RIV
Em busca de uma maior efetividade das políticas de coesão na União Európéia
Nas regiões atendidas, a política de coesão, parece, tem obtido com sucesso até então uma maior integração para o mercado único, todavia essa consideração possui um certo nível de subjetividade. Talvez, essa análise careça de metas mais claramente estabelecidas. Os programas necessitam definir uma visão estratégica clara do que se propõem atingir. Assim, poderia-se vincular parte dos pagamentos à realização de metas objetivamente verificáveis. Isso auxiliaria a medição da efetividade dos programas em relação ao custo e, consequentemente, em uma melhor alocação de recursos.
RICARDO SANCHEZ TONIOLLO - 3ºRIV
Avaliação da Política Regional
Os resultados dessa política são positivos e visíveis: aos poucos vem sendo possível alcançar o crescimento econômico mais bem distribuído, e o seu bom aproveitamento pelos cidadãos, proporcionando maior qualidade de vida, sem perder de vista ainda a preservação ambiental. A avaliação mostrou ainda que algumas regiões utilizaram os programas de coesão de forma flexível, buscando abordar desafios contemporâneos que não estavam presentes na agenda política inicial, como a mudança climática.
Foi observado um ponto importante, prioridades "horizontais", como a igualdade de oportunidades e criação de empregos, são de extrema importância, porém não proporcionaram bons resultados em todos os projetos, pois foram aplicadas muitas vezes desligadas do contexto local. Daí entende-se que é necessário manter a abordagem horizontal, mas sem perder de vista sua interligação com os contextos locais que as políticas visam atingir, do contrário, seu sucesso poderá ser ameaçado. É nesse sentido que podemos entender a importância da avaliação para a elaboração de novas estratégias, buscando o melhoramento contínuo.
A avaliação pode se utilizar de diversos métodos, como avaliação de impacto baseada em cálculos, baseada em teoria, avaliação das alternativas, e trabalho com modelos. Além disso, para complementar as informações providas pela Comissão Européia, através de relatórios e bases de dados, por exemplo, é de extrema importância que as autoridades políticas, acadêmicos e a própria comunidade européia participem das avaliações. Não há uma fórmula única e determinada para se determinar se as políticas são bem-sucedidas ou não, o ideal é que se combine metodologias diversas e uma participação ampla, a fim de prover diversas avaliações de diferentes aspectos, e assim, um panorama mais sólido e completo.
Isabella Cristina Menezes Mota - 3º RIV
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Avaliação das políticas desenvolvimentistas da União Europeia
De modo geral, as políticas da União Européia estão sendo satisfatórias, os investimentos tem gerado retorno, e, realmente sã o perceptíveis as diferenças entre o “antes e o depois” da implementação destas.
A avaliação se torna positiva também, não apenas por se demonstrar que os projetos estão se efetivando, mas por seus desdobramentos. O importante é perceber que, a formulação dos projetos tem um viés estratégico bem entrelaçado para se atingir o objetivo maior da coesão, ou seja, mesmo que foquem em um aspecto, a principio, único, acabam por atender a outras demandas como, a questão do desemprego, da especialização, da integração cultural, e principalmente de desenvolvimento econômico e ampliação da competitividade regional.
Avaliação sobre as políticas de coesão regional na UE
Acredito ser muito válida a iniciativa de se avaliar tais projetos, uma vez que é através dessas avaliações que podemos ponderar a eficácia e sugerir possíveis pontos de melhora para o mesmo, visando sempre dessa forma, contribuir para melhorias de cunho estruturais referente ao social e econômico.
A avaliação dos programas citados anteriormente, é de primordial importância no que tange, aprimorar e expandir os resultados positivos oriundos das melhorias trazidas por esses programas para os Estado-membros, bem como corrigir possíveis falhas ou pontos ainda em desenvolvimento para que estes programas alcancem não só a União Européia, mas sim, tornem-se modelos para demais países e continentes no quesito de coesão territorial através do desenvolvimento sustentável.
Ressaltando os aspectos positivos oriundos da implemtação dos programas, temos um crescimento do PIB nos países membros beneficiados e também um aumento na geração de empregos, uma vez que as políticas públicas são pautadas na necessidades de mão-de-obra, local ou não, para por em prática tais projetos.
O interessante de tudo o que foi abordado até agora pelos textos, é de que o Brasil poderia se espalhar em alguns dos projetos de coesão regional através do desenvolvimento sustentável, visando resgatar sua coesão interna para posteriormente expandi-la para os demais países da América do Sul. Tal fator, talvez auxilia-se na missão inicial pela qual surgiu o MERCOSUL que nos dias atuais encontra-se pouco expressivo.
Thaissa S. Marques RA:4102709
Avaliação da política regional da UE
Avaliação da política regional
Ademais, é muito importante fazer avaliações durante o andamento do programa para saber os aspectos positivos e negativos. Ao ler sobre as avaliações feitas até agora da Política de coesão regional da UE, constata-se que ela vem conseguindo um enorme êxito. Esta política não se traduz apenas no apoio ao crescimento do PIB e na ajuda às regiões para poderem desenvolver o seu potencial econômico, ela também contribuiu para garantir que todos os cidadãos tiram partido do crescimento econômico, independentemente de onde vivem. As principais conclusões são de que os programas de desenvolvimento regional contribuem realmente para a mudança da estrutura econômica e social de uma determinada região.
Através das avaliações, pode-se concluir que o impacto da Política de Coesão é visível principalmente no efeito sobre o PIB e emprego, no contributo para os objetivos ambientais e desenvolvimento territorial equilibrado, na contribuição para a criação de capacidades e nas lições a tirar das políticas em todos os Estados-Membros.
Como já venho defendendo nos posts anteriores, esse Programa de Coesão da UE é um grande manual de políticas públicas para desenvolver o Brasil, país com enormes disparidades regionais e, além disso, de desenvolvimento do Mercosul. Muito mais do que crescimento econômico, é necessário se pensar em desenvolvimento e, nos dias atuais, desenvolvimento sustentável. Esta é uma preocupação que deve ser recorrente em qualquer política e é visível na Política de Coesão da UE. A diminuição das disparidades regionais é um benefício para o país como um todo, e, a nível internacional, ao Mercosul como bloco mais coeso e de objetivos comuns.
Marina Silva e Silva - 3º RI Vespertino
Avaliação da Política Regional na UE.
As políticas estruturais e os territórios da Europa - Cooperação sem fronteiras
PANORAMA – INFOREGIO – Avaliação da política regional Conteúdos e resultados
Ao serviço das regiões – A política regional da UE 2007 a 2013
Parceria com as cidades – Iniciativa Comunitária URBAN
“Um motor é um dispositivo que converte outras formas de energia em energia mecânica, de forma a impelir movimento a uma máquina ou veículo.”
Política Regional da União Européia para 2007 a 2013
A fim de diminuir as disparidades econômicas e sociais da União Européia, estas que são acentuadas entre regiões do que entre países, é necessário que haja planejamento (quadros de referências estratégicos nacionais e programas operacionais, por exemplo) e boa governança sobre os recursos disponibilizados além de parcerias entre todas as regiões do blocos, ricas ou periféricas. Neste propósito, as regiões mais ricas acabam contribuindo mais para o orçamento da União. Entretanto, a melhoria das regiões mais precárias atrai benefícios a todos os Estados-membros.
Outro fator evidenciado é o apoio a pequenas e médias empresas, que representam quase totalidade das empresas européias, assim como buscar investidores estrangeiros que apoiarão investimentos diretos em empresas, o espírito empresarial e capital humano. A cooperação, neste sentido torna-se transfronteiriça. Conclui-se que os programas desenvolvidos a partir destes financiamentos ajudaram a reorientar as políticas dos Estados-membros para investimentos geradores de crescimento e apoiar os investimentos necessários em infra-estrutura, recursos humanos e modernização e diversificação das economias regionais.
Ana Carolina Gobbo - 4200508 - 3RIN
Lições finlandesas
O Parque de Ciências e Empresas de Lahti, situada na Finlândia é atualmente referência no desenvolvimento e aplicação de tecnologias limpas na União Europeia. A cidade saiu do marasmo econômico advindo do fim de seu principal parceiro econômico, a União Soviética, e hoje caminha a passos largos a caminho do desenvolvimento sustentável.
O caso do Parque de Ciências e Empresas pode servir de modelo para o que se entende por desenvolvimento limpo e sustentável não só para a União Europeia, mas para o Brasil. No caso finlandês, nota-se a grande quantia despendida para reavivar a economia local, uma cifra que beira um milhão de euros. Contudo, há um fator crucial a ser destacado, qual seja: a presença de universidades no local. Elas se integraram ao desenvolvimento local, a partir daí desenvolveu-se atividades e pesquisas no campo da reciclagem, eficiência dos materiais, eficiência energética e a purificação da água. Esta presença da universidade na região ao qual está inserida parece ser a principal lição que a União Europeia pode nos dar.
Não há aqui, salvo raras exceções, uma política eficaz e integração e intercomunicação entre sociedade e academia, ou até mesmo entre mercado e universidade. Prevalece no Brasil a ideia de que as pesquisas técnicas realizadas nas cátedras não possuem aplicabilidade prática, tampouco que conhecimento de caráter mais humanizador é capaz de transformar a sociedade e que, por isso, devem manter-se enclausuradas nas universidades.
Contudo, uma boa notícia parece advir no Brasil de modo a alterar o estagnado quadro de desenvolvimento ambiental nacional. As boas novas são oriundas de São Carlos, cidade localizada no interior de São Paulo. É lá que será instalado um sofisticado pólo, que envolverá a comunidade acadêmica, a iniciativa privada e o poder governamental, e pretende ser referência em pesquisas e troca de informações sobre energias limpas, sustentáveis e renováveis. A ideia é construir um centro de excelência em pesquisa de tecnologias alternativas visando o desenvolvimento mais limpo. Trata-se da construção de uma verdadeira cidade, a chamada "Cidade da Energia", que obterá financiamentos do governo federal e de entidades privadas.
A escolha da cidade de São Carlos, naturalmente, não foi aleatória. É lá que temos duas universidades com alta reputação nacional. São Carlos é conhecida como a "Cidade da Tecnologia" e tem a maior concentração de doutores por habitante, no país.
Isso mostra como conhecimentos acadêmicos e desenvolvimentos tecnológicos sustentáveis andam intrinsecamente ligados. É impossível, na opinião deste autor, separar os dois elementos. Só a partir da adoção maciça deste modelo é que iniciaremos nossa trilha visando boa reputação internacional em termos de energias sustentáveis.
Raphael Farinelli
Discente do 4º ano de Relações Internacionais da Unesp-Franca
Avaliação da Política Regional – Conteúdos e Resultados.
domingo, 17 de outubro de 2010
Avaliação, Informação e Políticas de Desenvolvimento Regional
O papel das avaliações no desenvolvimento das políticas públicas de coesão na União Europeia.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Coesão Territorial na UE
O presente texto, como outros anteriores, mostra a preocupação que se tem pela União de que todas as esferas de poder participem da formulação das politicas de coesão, para que tais politicas sejam mais eficazes. Tal preocupação advem do reconhecimento por parte da UE da intrerdependencia entre as esferas locais, regionais e nacionais. A participação dos diferentes niveis de governança demonstra o avançado grau de integração que se encontra a UE.
Tendo como principal objetivo a redução das assimetrias regionais, as politcas de coesão tem como fonte financiadora de seus projetos os Fundos Estruturais. O Mercosul possui uma politca semelhante, o chamado FOCEM ( Fundo de Convergencia Estrutural do Mercosul). Todavia, o distanciamento entre as politicas integracionistas e os governos municipais e estaduais dificultam a boa gestão desse fundo, sendo por varias vezes subaproveitado.
A politica de coesão se desenvolve atraves da coesão economica e da coesão social. Todavia, me parece que a acepção adotada pelo texto do termo social é demasiada restrita. Ela se mostra como uma consequencia de uma politca economica mal guiada. Em tempos em que, como o proprio texto mostra, a economia europeia força a migração e ocorre uma consequente onda de xenofobia na Europa em diversos paises, como na França e na Holanda, a restrita visão que a União tem do termo social não pode ser aceita.
A pergunta que fica e que nasce do questionamento do entendimento limitado do que é o "social" para a UE é como se dará a entrada da Turquia no bloco, sendo este um país islãmico, ou seja, com uma cultura que difere da maioria dos países da Europa e considerada por alguns desses mesmos países como sendo essencialmente maléfica para o mundo ocidental?
Diego Lopes da Silva 3ºRIV
A iniciativa Urban
Um ponto interessante a ser analisado no programa é gestão conjunta com a participação local. Isso mostra que as soluções podem ser construídas através da relação entre as partes, e não de um modo pronto pensado pelos altos escalões.
Na América do Sul, existe o programa das mercocidades, ligado ao Mercosul. O país que tem mais mercocidades é o Brasil, possuindo apenas 28 municipios na iniciativa. Este número só mostra o grande abismo que separa a integração regional e a população. A divisão entre a Low politics e a High politics é clara nesse sentido, em que nem os próprios governos municipais tem proximidade com a política externa brasileira. A participação dos municípios na integração regional é alta na UE, pois eles são meios de se conseguir uma maior coesão no continente. Na América do Sul, a única coesão buscada é a econômica, ainda que sendo fraca.
Diego Lopes da Silva 3º RIV
terça-feira, 5 de outubro de 2010
A iniciativa INTERREG
A importância da cooperação para o desenvolvimento das áreas fronteiriças
É interessante ressaltar como mesmo projetos de porte demasiado pequeno, como no caso dos criadores de gado e carneiro na Suíça Saxônia, na fronteira entre Alemanha e República Tcheca, também são alvo de incentivo dos programas de INTERREG. A tomada de consciência de que, por vezes, são estes pequenos projetos os mais necessários para o desenvolvimento regional e a integração das áreas fronteiriças, é algo extremamente valioso, e pode ser afirmado por diversos outros exemplos, como a atuação conjunta dos programas sociais da Alsacia central, Freiburg e Brisgau, o programa de formação dos trabalhadores navegantes e a conscientização e apoio aos pequenos produtores na região do lago Constança, buscando meios de produção limpa, sem poluição das águas.
O sucesso de tantas iniciativas é certamente um reflexo do grau de coesão já existente entre os membros da UE, e mostra os benefícios que podem ser trazidos pelo trabalho conjunto realizado entre países diferentes, através de práticas que só podem ser realizadas através do diálogo, num processo lento e contínuo que certamente envolve muitas concessões. Em contraposição a este processo, o que vemos na realidade brasileira e no processo de integração latino-americano é justamente a falta de vontade para estas concessões. A falta de confiança é o sentimento que reina, e através dele, iniciativas conjuntas como esta não se mostram com fácil viabilidade. Exemplo claro seria a usina de Itaipu, um símbolo óbvio de cooperação interregional, assim como símbolo da discordância, sendo inclusive plataforma política na eleição de Fernando Lugo, questionando os contratos de venda e a preferência brasileira na aquisição do excedente paraguaio produzido.
Erick Baumgartner - 4104606
A abordagem cooperativa transfronteirça e o turismo ambiental na Amazônia internacional
Essa abordagem cooperativa transfronteiriça, explicitada no texto através de casos concretros, poderia ser transposta ao Brasil, que carece de ações dessa espécie. Uma idéia cabível seria a atuação conjunta dos países que possuem uma porção da floresta amazônica em seus territórios (além do Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) em torno do fomento ao turismo ambiental na referida região.
Talvez os maiores méritos de uma iniciativa como essa seriam os meios pra que isso se realizasse e não o fim em si. Seria necessário o estabelecimento de uma rede de serviços nesses países, a criação de uma infra-estrutura conjunta, a capacitação humana. Baseado em áreas alternativas aos grandes centros turísticos, associados à população de pequenos povoados, esse tipo de turismo, calcado no desenvolvimento sustentável, contribuiria para a coesão social e econômica da referida região. Além disso, promoveria a diversificação das relações entre e empresas e associações empresariais dessa região transfronteiriça com o viés de explorar as oportunidades geradas, o que conseqüentemente incentivaria a promoção de novos modelos empresariais de gestão e promoção desses negócios.
Ricardo Sanchez Toniollo - 4101508
Cooperação sem Fronteiras
Um diferencial da iniciativa está em, além de promover a cooperação com as regiões fronteiriças internas, se extender às regiões das fronteiras externas à União, e mesmo a países terceiros. Esse fator leva em conta que estas regiões fronteiriças externas passarão a fazer parte do mercado único futuramente, e, consequentemente, novas regiões se encontrarão em fronteira com a União Européia. Em sua maioria, as regiões nas fronteiras externas apresentam um grande desnível de desenvolvimento e infra-estrutura com relação às regiões pertencentes à União. Portanto, o programa visa fornecer a estas regiões que se tornarão parte do bloco no futuro uma familiarização com os métodos e regras das políticas de cooperação e desenvolvimento regional.
A Interreg III possui três vertentes, a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regional; respectivamente, entre as zonas fronteiriças internas e externas; entre os grandes grupos de regiões do bloco, incluindo as regiões externas a ele; e entre o bloco como um todo.
Os exemplos de cooperação são os mais diversos, abarcando setores como transportes e telecomunicações, gestão sustentável do meio ambiente, criação de empregos, cooperação econômica e tecnológica, e se estendendo até mesmo ao setor acadêmico, da cultura, e do turismo.
Esta iniciativa de cooperação reflete a preocupação da União Européia com o desenvolvimento equilibrado, não apenas a curto, mas também a longo prazo, pois engloba a perspectiva do alargamento do bloco. Assim, busca-se enfrentar os desafios do presente, e ao mesmo tempo prevenir dificuldades e preparar o terreno para um futuro mais promissor.
Isabella Cristina Menezes Mota - 3º RIV
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
INTERREG e a coesão territorial européia
Assim, em 1990, a EU lançou o INTERREG, tendo por objetivo minimizar os efeitos das fronteiras no desenvolvimento do bloco, aquistando um ordenamento territorial mais coeso.
Além da cooperação transfronteiriça, o INTERREG também abrange a cooperação transnacional e a inter-regional.
O projeto se dá no seio da idéia de que uma maior integração e coesão regional são extremamente pertinentes ao desenvolvimento de todo o bloco.
O INTERRREG acaba por facilitar o desenvolvimento de atividades econômicas, ambientais e sociais através das fronteiras européias de forma sustentável e reduzindo o isolamento de regiões e compartilhando a infra-estrutura existente. Com a iniciativa, foi possível estabelecer uma rede que pudesse auxiliar no compartilhamento de projetos, permitindo sua replicação em outros territórios do bloco. Ressalta-se também a relevância do projeto na diminuição das disparidades internas da UE.
Ainda que haja problemas culturais para a cooperação regional, o INTERREG têm se mostrado eficiente no solapamento de tais óbices, alcançando significativa coesão no bloco. O projeto também pode ser tido como modelo a outros blocos, como o Mercosul, na tentativa de facilitar a cooperação transfronteiriça de seus países.
Fabricio A. Jorge - 4102807
A iniciativa comunitária Interreg
Izabella Prosdocimo 3º RI Vespertino RA:4103009
A questão da cooperação fronteiriça na U.E.
Diferentemente do que ocorre com os EUA e México, cuja tema fronteira é fator de exclusão, a iniciativa européia pretende justamente o oposto, que é integrar as cidades e Estados unindo o que lhes é comum – a fronteira. Apesar das inúmeras dificuldades encontradas para estabelecer os entrepostos da coesão entre regiões e povos, assim para limitar os efeitos de fronteira, a iniciativa comunitária do Interreg – lançada em 1990 - visa a cooperação entre as regiões situada de ambos os lados da fronteira nacional.
Nos projetos apresentados nesta brochura, percebemos a vontade das regiões de toda a Europa de procederam para um intercâmbio de suas melhores práticas, havendo troca de experiências para além de aprenderem com o outro, se conhecerem melhor e estimular a prática dos trabalhos em conjunto. Este último foi um dos fatores responsáveis pelo qual, as autoridades e estruturas interessadas não obtiveram sucesso em progredir com na temática acima exposta.
Além da problemática de se implementar políticas comuns na União Européia, existem outros obstáculos como diferenças culturais, lingüísticas, além de físicas - como montanhas, rios e mar - que dificultam este processo.
Acredito, que devido as divergências e diversidades dos países, a melhor maneira de se implementar políticas públicas eficientes que contribuam para coesão dos territórios, é ainda, analisar as necessidades específicas de cada região tentando achar pontos comuns, que auxiliem na formulação de tais políticas, além de como já foi mostrado no texto, de iniciativas comunitárias individuais que possam ser externalizadas e utilizadas como modelo.
Thaissa dos Santos Marques RA:4102709