Para tentar gerar na União Européia maior coesão, em especial econômica e social, foi desenvolvido o projeto URBAN com a finalidade de criar um reforço à competitividade local, combate à exclusão social e recuperação física e ambiental das regiões menos favorecidas.
O projeto URBAN se apresenta em duas fases. A primeira corresponde ao período entre os anos de 1994 e 1999 e o segundo de 2000 a 2006. Durante a conferência de Londres para discutir os resultados do URBAN II, ficou estabelecida a importância da participação da cidade nos projetos de desenvolvimento regional e que o envolvimento civil gera resultados muito mais benéficos se a ação tivesse partido de uma organização que não estivesse envolvida diretamente com as carências locais.
O URBAN II encontra obstáculos em sua implementação. Entre eles temos a concentração de minorias étnicas nas regiões do projeto, desemprego elevado, criminalidade que afastam os investidores e falta de espaços verdes. Por mais que esses problemas se encontrem quase em todas as cidades, são nas regiões do URBAN II que estes fatores se encontram mais aflorados. Entretanto, podemos considerar que o método URBAN tem alcançado resultados significativos.
Além do financiamento comunitário, o método cria parcerias entre as autoridades locais e a comunidade, gerando um processo de aprendizado contínuo, que faz com que se ensinem as políticas das regiões mais desenvolvidas para que as regiões, que podemos chamar com restrições de periféricas, desenvolvam políticas próprias de desenvolvimento local e se tornem parte ativa deste processo. Como exemplo, podemos citar o caso da Áustria, que fez alianças com as universidade e empresas. Em Portugal, temos a cooperação de estudantes na recuperação de edifícios urbanos.
Podemos concluir dizendo que o projeto URBAN é de certa maneira um exemplo de desenvolvimento sustentável e que poderia ser uma opção para que se melhorassem as condições de vida de outras regiões que não fossem européias, como cidades brasileiras, que carecem de recursos, mas ao mesmo tempo possuem uma população ativa que poderia ser educada para trabalhar em projetos de desenvolvimento regional.
Ana Carolina Gobbo - 3RIN
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