segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A iniciativa comunitária URBAN


Ao ler o texto proposto para a próxima aula, tive a impressão de estar lendo mais do que descrição e exemplos concretos do projeto criado pela UE, o URBAN. Este texto pode ser visto como um verdadeiro manual para aplicação de políticas públicas locais.

O URBAN I começou com projetos visando a implementação de infraestrutura para as cidades mais desfavorecidas, e depois, cumprido esse objetivo, o novo e mais atual desafio do URBAN II, são questões de cunho mais econômico e ambientais.

Tendo em vista a importância de um desenvolvimento igualitário de todas as zonas municipais para promover a prosperidade da Europa e, mais especificamente da União Europeia como um bloco econômico, são alocado muitos esforços e recursos para a promoção do desenvolvimento local. O URBAN é a concretização desses projetos e dentre vários benefícios e melhorias promovidos por ele, destaca-se a simplificação administrativa, rede de intercâmbio de experiências e grande ênfase nas parcerias locais.

Dentre essas melhorias, me chamou muito atenção, a inclusão de toda comunidade local para o alcance de maior desenvolvimento. Os projetos são geridos pela própria comunidade e não especificamente pela administração local. Isso faz com que toda a comunidade "vista a camisa" do projeto e lute para torná-lo real. Vê-se que o URBAN não se mostra como uma imposição com alienação dos moradores locais, mas, pelo contrário. E depois do projeto implementado e funcionando, tem-se um grande incentivo à intercâmbios de experiências, que inspira outras comunidades e lhes ajudam no processo de criação de projetos para políticas públicas. Um grande exemplo dessa cultura de troca de experiências são os inúmeros exemplos reais que traz o texto sobre ações realizadas por cidades que vêm dando certo.

Dessa maneira, vários problemas de cidades europeias e, podemos dizer da grande maioria dos centros urbanos desenvolvidos do mundo, como a criminalidade, o desemprego, a poluição, os imigrantes marginalizados, dentre outros, vão sendo solucionado através de uma abordagem integrada de três principais prioridades estabelecidas pelo URBAN: aumento da competitividade; resolução de problemas sociais; recuperação física e ambiental.

Portanto, o texto deixa uma clara certeza de que o presente projeto é uma fantástica ferramenta de promoção do desenvolvimento regional. Muito bem elaborado e eficaz. Porém, me coloquei a pensar quais seriam os maiores desafios de se instalar o URBAN na América Latina. Em primeiro lugar, vejo uma grande falta de recursos financeiros e de pessoas capacitadas para colocar em vigor tal projeto. Depois, as cidades latino- americanas são carentes de infraestrutura básica, muito mais graves do que as cidades europeias e essa tem que ser a primeira prioridade para depois se pensar mais além. Mas, apesar de todas essas ressalvas, o URBAN não deixa de ser um excelente exemplo a ser seguido e, porque não até copiado com as devidas adaptações regionais.

 Marina Silva e Silva- 3º RI Vespertino

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