A Iniciativa Comunitária URBAN teve dois diferentes períodos, sendo inicialmente um projeto realizado entre os anos de 1994 e 1999, e em um segundo momento, de 2000 a 2006, no chamado URBAN II. O texto apresenta uma declaração dos delegados de uma convenção realizada para avaliar os primeiros aspectos de evolução quanto à execução do segundo programa, no qual exaltam os mesmos a simplificação administrativa, a rede de intercâmbio de experiências e a grande ênfase nas parcerias locais.
Quanto à rede de intercâmbio de experiências, chamada URBACT, é certamente um grande passo para a difusão dos programas bem-sucedidos, espaço para a comparação estatística, que, como atesta o texto, era encontrada de maneira muito escassa antes das Auditorias Urbanas, além de foco para a abertura de diálogos, como a parceria realizada entre Alemanha e Áustria citada no texto.
Já em relação aos projetos em si, podemos notar diversas particularidades dignas de nota. Em primeiro lugar, a efetiva participação de entidades de âmbito local, como citado anteriormente pelos delegados. É interessante perceber o grande interesse da população na elaboração dos projetos, sendo a redação dos mesmos realizada em conjunto com as comunidades locais em 80% dos programas. A enorme adesão por parte da população e o sucesso dos projetos pode ser apreciada pelo governo brasileiro, onde também já há progresso em iniciativas como a do orçamento participativo.
Outro ponto a destacar é o esforço dentre os projetos apresentados no texto para a coesão social e a reintegração de grupos excluídos ou de difícil integração com a comunidade, especificamente os imigrantes, dada a grandeza do problema de imigração na europa atual e as recorrentes iniciativas xenófobas vistas por toda a europa. Neste sentido, práticas como o lar para jovens marroquinos em Rotterdam ou o espaço de convivência em Grenoble para a convivência entre jovens e adultos são exemplos interessantes.
Também se mostra de maneira destacada a forma de atuação dos projetos, que são escolhidos em função de zonas, as chamadas "Zonas URBAN", de acordo com a visão do projeto de que as cidades são os pólos da contradição entre maiores oportunidades e a convergência de problemas como a exclusão social, a poluição, a criminalidade e etc. Com isso apresenta-se como o ponto principal do projeto a redução das disparidades dentro das cidades, através destas zonas delimitadas onde ocorre incidência maior dos problemas destacados.
Dentro desta iniciativa, é interessante destacar a escolha em URBAN II na direção da revitalização de áreas em estadode abandono e com alta criminalidade. Neste sentido o objetivo é proporcionar novas oportunidades para áreas em declínio econômico, transformando áreas inutilizadas em pólos para o fomento de micro e pequenas empresas. A opção pela revitalização ainda tem em seu pano de fundo o fomento ao lazer e turismo, além de privilegiar a área da construção civil, que sempre aparece entre as opções goernamentais para o aquecimento econômico e criação de empregos.
Erick Baumgartner 4104606
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