Lançada em 1994, a iniciativa comunitária URBAN incentiva as zonas urbanas ou os bairros em crise a desenvolver medidas inovadoras e integradas de desenvolvimento urbano. Nas zonas em vigor, tais medidas ja produzem frutos. Nota-se a melhora da qualidade de vida, os índices de desenvolvimento atingidos, e com isso, não apenas as regiões amparadas pelo projeto saem ganhando, mas, a União Europeia como um todo, tendo em vista que, o que se busca, no final, é justamente a redução das assimetrias intraterritoriais, logo, se contribui para a coesão territorial europeia.
O mais interessante a se pensar é que este projeto parte da iniciativa da própria comunidade em situação de vulnerabilidade, geralmente composta por imigrantes, pessoas de baixa escolaridade ou relativa falta de qulificação – comparando-se aos níveis estipulados pelo bloco –, que se unem, num ambiente de cooperação e buscam auxílio externo e investimentos para que os planos de desenvolvimento sejam viabilizados.
Tomemos como exemplo estes casos europeus, nos quais se demontra a capacidade de desenvolvimento local partir dos próprios cidadãos, em vez de esperarem que o governo central se volte diretamente a eles para prover satisfatoriamente todas as suas nessecidades. Resgurdados os devidos níveis de comparação entre a realidade brasileira e a europeia, e neste ponto, principalment no que diz respeito à política, é possível que iniciemos, paulatinamente, iniciativas comunitárias mais abrangentes que as geralmente desenvolvidas, para que assim possamos abarcar mais fatores que configuram cenários de vulnerabilidade e atingir gradativamente, indices satisfatórios de desenvolvimento.
Priscila Haddad