A brochura mostra a atuação da política de coesão em zonas que já ultrapassam a periferia européia, localizando-se em outros continentes. Dessa maneira, o desenvolvimento policêntrico possui aqui uma conotação diferente do que a utilizada no decorrer do semestre, quando víamos o equilíbrio regional como um imperativo para o desenvolvimento sustentável, sem aglomerações urbanas insustentáveis e com a distribuição de oportunidades e investimento po todo o território. Em casos como os apresentados nesta brochura, por mais que também haja o esforço por desenvolvimento regional, o fluxo migratório para os países europeus é exponencialmente menor. O contrapeso a esta diminuição do fluxo é a dificuldade em manter uma coesão social com uma região nacional que não se encontra sequer no mesmo continente que o resto do país. O que se vê nos programas apresentados é a continuidade na linha de investimento em inovação, mas que em muitos aspectos tira proveito da posição geográfica destas regiões, como no caso do telescópio a ser instalado nas Canárias, a biotecnologia azul dos Açores ou a estatística apresentada na brochura de que a Guiana detém um terço das florestas francesas. Fatos como estes ajudam a compreender o esforço europeu na política de coesão ultraperiférica, que mesmo em regiões tão longínquas e com mais problemas sociais, mantém o foco do investimento na inovação e no processo produtivo, sem medidas de maior caráter social e isolando o tema da imigração, que certamente é de extrema importância em um local como a Guiana, como bem demonstram as diversas mortes de brasileiros na fronteira da mesma com o Suriname nos últimos tempos.
Erick Baumgartner 4104606
Nenhum comentário:
Postar um comentário