terça-feira, 16 de novembro de 2010

As regiões ultra-periféricas da UE

As regiões denominadas ultra-periféricas pela União Européia são aquelas que, de certa maneira, pertencem ao bloco, apesar de não localizarem-se dentro dele. São países localizados em outra região, alguns deles na América Latina, como a Guiana Francesa, e que estão para a UE em posição política e economicamente estratégica por dividirem fronteiras com outros países.


Sendo assim a UE financia o desenvolvimento dessas regiões, através da implantação de projetos tecnológicos. Tais projetos estimulariam a economia local e, conseqüentemente, com tal desenvolvimento, a União Européia teria maior influencia sobre regiões fora de seu bloco.

No entanto verifica-se que a transferência tecnológica para a região já é ultrapassada e não há projetos que visem o desenvolvimento voltado para a sociedade. Pouca parcela da população tem acesso aos núcleos tecnológicos, além de que a economia desses países continua dependente dos bens primários.

Desta forma as políticas inovadoras da União Européia para regiões utra-periféricas não são efetivas. Questiona-se inclusive se tal preocupação com o desenvolvimento dessas regiões não seria na verdade uma preocupação com a utilização dos recursos ali disponíveis.

Cíntia A. Ferreira 4201408  3RIN

Reforçar o Potencial das Regiões Ultraperiféricas

A brochura mostra a atuação da política de coesão em zonas que já ultrapassam a periferia européia, localizando-se em outros continentes. Dessa maneira, o desenvolvimento policêntrico possui aqui uma conotação diferente do que a utilizada no decorrer do semestre, quando víamos o equilíbrio regional como um imperativo para o desenvolvimento sustentável, sem aglomerações urbanas insustentáveis e com a distribuição de oportunidades e investimento po todo o território. Em casos como os apresentados nesta brochura, por mais que também haja o esforço por desenvolvimento regional, o fluxo migratório para os países europeus é exponencialmente menor. O contrapeso a esta diminuição do fluxo é a dificuldade em manter uma coesão social com uma região nacional que não se encontra sequer no mesmo continente que o resto do país. O que se vê nos programas apresentados é a continuidade na linha de investimento em inovação, mas que em muitos aspectos tira proveito da posição geográfica destas regiões, como no caso do telescópio a ser instalado nas Canárias, a biotecnologia azul dos Açores ou a estatística apresentada na brochura de que a Guiana detém um terço das florestas francesas. Fatos como estes ajudam a compreender o esforço europeu na política de coesão ultraperiférica, que mesmo em regiões tão longínquas e com mais problemas sociais, mantém o foco do investimento na inovação e no processo produtivo, sem medidas de maior caráter social  e isolando o tema da imigração, que certamente é de extrema importância em um local como a Guiana, como bem demonstram as diversas mortes de brasileiros na fronteira da mesma com o Suriname nos últimos tempos.

Erick Baumgartner 4104606

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novos Fatores para o Desenvolvimento Regional - Ref. postagem 2

A concepção do texto de AndreW K. Copus apresenta uma concepção que retira do conceito de perifericidade a predominância da questão geográfica; O desenvolvimento sem precedentes das telecomunicações e dos transportes assim o fazem. Assim, emergem os “novos fatores do desenvolvimento territorial”, outros fatores que não a distância física.


Aquele determinismo em torno do desenvolvimento estritamente associado à localização geográfica desparece; cada vez mais o “desenvolvimento” ou “não-desenvolvimento” se desvincula da perifericidade espacial e se associa com planejamento e as práticas da região; A gestão público-privada mostra-se muito mais determinante para a prosperidade de uma região do que a sua localização.

Desvinculadas as questões localizacionais da dinâmica de desenvolvimento de uma região, são definidos cinco fatores centrais para explicar esse desenvolvimento: as tecnologias de informação e comunicação; o capital social; o governo territorial; o nível de inovação das empresas; e o nível de integração com as redes locais.

Ricardo S.Toniollo - 4101508

Inovar através da política regional da UE

Sabe-se que o maior objetivo da União Européia é tornar-se a mais dinâmica e competitiva economia do mundo. Para isso seria necessário maiores investimentos nas áreas de investigação e inovação, com isso conseqüentemente surgiriam novos empregos (mais qualificados) assim como crescimento econômico e de produtividade. No entanto verifica-se que investimentos nessas áreas estão limitados a poucas regiões da UE, os três maiores países (Inglaterra, Alemanha e França) detêm maiores investimentos assim como outros Estados concentram investimentos em regiões próximas às capitais.


Os Fundos Estruturais da UE tem como objetivo aumentar e melhorar o investimento na área da investigação e inovação no período de 2007 a 2013, além de reforçar investimentos em outras áreas. Dessa forma será incentivada a cooperação entre empresas (mesmo pequenas e médias), universidades e governos locais. Além de que também será apoiada a criação de clusters.

Pretende-se dessa forma aumentar o numero de mão de obra qualificada com educação e cursos de capacitação, incentivar a abertura de pequenas e médias empresas inovadoras e tecnológicas. Acrescenta-se à idéia o maior uso da transmissão de conhecimento entre as regiões, através de parcerias entre universidades internacionais, troca de conhecimento entre empresas e troca de experiência entre governos locais.

A criação de um biopolo em Charleroi é um exempolo de política de inovação. A Universidade Livre de Bruxelas instalou um campus  de biologia na região com a ajuda do FEDER. Tal iniciativa tinha como objetivo o desenvolvimento de um polo tecnologico e econômico na região. A parceria entre setores público hospitalar, financeiro e industrial tornaram tal iniciativa viável. Alguns anos depois verificou-se a instalação de empresas inovadoras na região como também cientistas e investigadores.

Dessa forma a maior integração entre as regiões consideradas mais periféricas poderá influir no desenvolvimento de toda a União Européia e conseqüentemente aumentar a possibilidade desta se tornar a economia mais dinâmica e competitiva do mundo.

Cíntia A. Ferreira  3RIN

O PAPEL INOVADOR DAS REGIÕES ULTRAPERIFÉRICAS

Além de buscar a coesão territorial e social dentro de suas fronteiras, a União Européia também se volta para o desenvolvimento de regiões que a ela pertencem, mas que estão fora do território do bloco. São elas: Ilhas Canárias (Espanha), Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, Saint Barthélemy e Saint Martin (França), os Açores e a Madeira (Portugal). Estas regiões são conhecidas como “ultra-periféricas”.


A importância destas regiões para a UE consiste no fato de que elas proporcionam fronteiras em diversos locais do mundo, se mantendo em posições estratégicas econômica e politicamente. Neste sentido se justifica o financiamento destinado a essas áreas para que se busque o desenvolvimento de pesquisa e inovações, a fim de tornar essas regiões pólos de tecnologia. Como exemplo, temos Guadalupe que busca novas fontes energéticas e a Guiana Francesa que se esforça em prol de uma economia sustentável.

O desafio da UE é conseguir desenvolver economias que possuem como base fatores diferentes das economias européias, devido a fatores como a cultura local e até mesmo fatores ambientais, como clima, solo e diversidade biológica. Se este desafio for vencido e se formularem planos de desenvolvimento que abranjam as necessidades locais e que utilizem os recursos disponíveis a fim de criar novos modelos de desenvolvimento, a UE se destacará no cenário internacional, assim como se fortalecerá economicamente.

Se estas regiões conseguirem se diferenciar em seu território devido a inovações tecnológicas, elas terão maior influencia em sua região. Influencia esta que beneficiará a UE já que tais países estão ligados ao bloco. Desta maneira, os interesses europeus terão mais força e o papel da união será mais relevante, assim como seu posicionamento sobre diversas questões que venham a se tronar pautas em negociações internacionais.

 
ANA CAROLINA GOBBO - 4200508

A Trajetória da Política para a Inovação na Europa: como acompanhar a mudança tecnológica?

Durante boa parte do século XX, a região compartilhou uma dinâmica de “dar respostas políticas” coordenadas entre governos para os problemas de instabilidade econômica. É uma prática já difundida desde os primeiros acordos de cooperação setoriais nos anos 1950 (o estabelecimento da CECA - Comunidade Econômica do Carvão e do Aço, em 1951), passando pela formalização do Tratado de Roma, em 1957, que criou a chamada Comunidade Econômica Europeia.
De lá para cá, houve uma expansão dos processos de institucionalização da integração, o que permitiu que, nos anos 1980 (sobretudo com a assinatura do Ato Único Europeu em 1986) a região já estivesse preparada para avançar nas negociações intergovernamentais e aparelhar-se para as demandas da economia mundializada.
A política dos Estados-membros não apenas alterou o comportamento dos atores existentes, mas também ajudou a trazer para a sociedade atores sem os quais o desenvolvimento industrial e tecnológico seria impossível e de complicada articulação. Com uma estrutura institucional já atuante e com certo grau de descentralização no início dos anos 1990, a construção de políticas supranacionais logo “aderiu à causa” da mudança tecnológica.
Apenas com o aprofundamento da integração é que foi possível padronizar um comportamento coletivo por meio de instituições comuns, o que auxiliou uma maior coordenação das políticas na área de promoção do desenvolvimento tecnológico. A história da transformação e adensamento institucional na Comunidade Europeia confunde-se com a história da mudança tecnológica em âmbito internacional. A Política Científica e Tecnológica, assim, ganhou centralidade na pauta das políticas de desenvolvimento regional como um todo.
Não se trata de assumir que a responsabilidade do desenvolvimento tecnológico na região foi passada para “as mãos” das instancias supranacionais da UE. As principais diretrizes de aplicação da política científica e tecnológica é, ainda, assunto inerente aos Estados e as burocracias nacionais, cabendo a eles a alocação de recursos e a delimitação de prioridades de ação nas áreas consideradas “de peso” para a economia e os territórios produtivos
Os programas e mecanismos político-institucionais empreendidos pelos órgãos da UE, sobretudo para o aprimoramento dos sistemas regionais de inovação (principalmente pela via de parcerias público-privadas), servem como elementos complementares às políticas de cunho nacional.
Sustenta-se, assim, uma característica essencial da política para a inovação na Europa. A questão da atividade de inovação e a aplicabilidade de seus instrumentos, processos e estratégias na dinâmica econômica dos territórios assumiu um caráter eminentemente descentralizado e policêntrico dentro da Europa nos últimos 30 anos. Talvez essa seja uma importante experiência para “traduzirmos” e “adequarmos” a experiência latino-americana...

Renan Leonel - 4RIV

A iniciativa " As regiões e a mudança econômica"

             O conteúdo da brochura "As regiões e a mudança econômica" nos mostra os resultados obtidos através dos diversos programas para o desenvolvimento regional da União Européia, através das estatísticas sobre investigação e desenvolvimento (I&D). Diante desses dados é possível notar que as disparidades, tão combatidas pelas políticas de coesão, ainda são presentes entre os Estados-Membros e as regiões da UE.
             Além disso, o texto reforça a importância do foco no incentivo à inovação para o crescimento da competitividade em regiões prosperas. A preocupação da UE em desenvolver a potencialidade das regiões fica evidente, assim como no texto anterior sobre as regiões ultraperiféricas.
             Desse modo, houve uma mudança. Não se mostra mais prioritário o desenvolvimento apenas de infra estrutura nas regiões, é necessário acoplar aos velhos objetivos as políticas de inovação e extensão de conhecimento. Essas políticas de inovação devem ser coerentes com as potencialidades de cada região, ou seja, dotadas de especificidade. Assim, a Comissão Européia propõe novas formas de estimular as redes urbanas e regionais, através de uma parceria entre as regiões pela qual seria possível a discussão sobre os aspectos principais que enfrentam as regiões européias, estabelecendo um tipo de intercâmbio.
             A iniciativa "As regiões e a mudança econômica"  propoe vários planos, entre eles, o esforço de comunicação redobrado, para acelerar a divulgação das melhores práticas entre as regiões. Através dessas medidas, as regiões poderão desenvolver temas específicos de modernização econômica e ter um contato mais direto com experiências de outras regiões.

Izabella Prosdocimo - III R.I - Vespertino

Desafios para a Europa além-mar

"Navegar é preciso", diria Fernando Pessoa, mas desenvolver também o é quando já se passou o tempo de colonização. A compreensão dos desafios enfrentados pelas regiões ultraperiféricas hoje pertencentes à União Europeia não é tarefa simples. Sendo estas caracterizadas majoritariamente por territórios ultramarinos, tem-se de antemão que são territórios de mais difícil acesso, apesar da relevância estratégica. Açores, Madeira, Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Reunião, Ilhas Canárias destacam-se em termos econômicos, posto que são um elo entre o continente europeu e outros continentes.
Contudo, apesar de relevantes para os países a que estão ligadas (Portugal, França e Espanha) e para a própria União de forma geral, as economias insulares são débeis em razão de suas limitações em termos geográficos, que restringem a área de terras utilizáveis e os próprios recursos naturais, além da dependência das infra-estruturas de transportes e comunicações, que comprometem inclusive a qualificação da mão-de-obra. Nesse sentido, tais regiões tornam-se notadamente vulneráveis a variações políticas e, principalmente econômicas, interna e internacionalmente.
Além das restrições prioritariamente econômicas e da distância física que dificulta a implementação de políticas públicas regionais, deve-se considerar a problemática da heterogeneidade europeia. Como ressalta Valente (2009, on-line) “por referência à ideia de diversidade, a problemática da cultura subsidia o outro ponto do debate sobre a necessidade de promoção das diferenças e da valorização da própria diversidade que as Regiões Ultraperiféricas representam”.
Sendo assim, o desenvolvimento de projetos a nível regional deve considerar com atenção as assimetrias discrepantes em termos de desenvolvimento que os Estados e suas extensões extracontinentais apresentam. A promoção da coesão econômica e social que já acontece no bloco deve ser estendida, de fato, até as regiões e os Estados menos desenvolvidos para que os esforços da conquista sejam válidos, pois, para os que hoje habitam as terras outrora desbravadas pelos mesmos europeus, viver é preciso.

Maria Teresa Braga Bizarria - 4º RIV - 4100107

Clusters e a busca por vantagens competitivas - ref. Post 1

A criação de Clusters pode trazer resultados imediatos para o desenvolvimento de uma economia. Essa centralização geográfica e setorial de empresas tem tanto mais sucesso quanto maior for a “eficiência coletiva”, isto é, quanto mais efetivos são os resultados na busca por determinados objetivos a um nível coletivo dos produtores; Por trás de um ambiente de competição, a atuação conjunta dos componentes do Cluster em determinadas áreas pode trazer resultados muito positivos. Os principais setores em que se pode estabelecer algum tipo de cooperação entre essas firmas são: marketing conjunto de produtos; aquisições coletivas; utilização comum de instalações, equipamentos e máquinas. Essas práticas podem proporcionar uma maior dinâmica na inovação, melhorando assim as possibilidades de crescimento.


Outro fator que primordial no sucesso das firmas é a flexibilidade produtiva. De acordo com as situações, as empresas podem fazer uso intensivo de trabalhadores em domicílio e a possibilidade de se utilizar mão-de-obra em horas extras.

A situação de clusters pode ser especialmente benéfica para as pequenas e médias empresas, na medida em essas firmas de menor porte podem recuperar dispor da coletividade de empresas para recuperar as vantagens competitivas de grandes empresas que o seu tamanho reduzido não permitem individualmente.

Ricardo Sanchez Toniollo - 4101508

Regiões Ultraperiféricas e o Compromisso com a Inovação

O documento "Reforçar o potencial das regiões ultraperiféricas" de abril de 2010 coloca uma preocupação central presente não somente nessas localidades, mas também em todo o território europeu: a questão da competitividade. O fato é que a UE tem perdido espaço no mercado mundial para as economias emergentes e a necessidade de se recolocar em posição competitiva (em todas as áreas) se faz urgente. É com esse intuito que se vê nessa brochura a expansão do financiamento dos fundos europeus às regiões ultraperiféricas: desenvolver a competitividade em toda a jurisdição da UE.
Essas terras longínquas passam a ser encaradas não mais como lugares onde os fatores de perifericidade predominam, mas como "regiões de oportunidade" (p. 05). Busca-se, dessa forma, a implementação de uma cultura técnica e científica capaz de aproveitar o potencial desses territórios através de métodos originais de investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação, de forma que eles passem de simples estações turísticas a locais sintonizados com os problemas e desafios do século XXI. Além disso, eles funcionam como portas de comunicação com outros continentes, desempenhando uma política de vizinhança que reavive os laços entre os países europeus com os americanos e africanos.
Interessante notar que apesar do esforço europeu em transpor as dificuldades advindas da perifericidade, muitas questões ainda faltam por resolver devido à localidade desfavorável desses territórios. Talvez isso seja um indicativo das barreiras ainda a se superar (e volta-se à discussão do início do semestre...).

Isabella Soares Curce - 3º RIV

domingo, 14 de novembro de 2010

Ultraperifericidade evidenciada

Partindo de analises anteriormente discutidas, a questão da perifericidade é relativa.
Considerando o peso que o termo carrega, entendemos que, mesmo as regiões mais afastadas, fisicamente, dos grandes centros europeus aproveitaram seu potencial - com auxílio das políticas de coesão territorial da União Europeia - e conseguiram se integrar à dinâmica.

No entanto, existem as regiões que possuem carater de perifericidade extrema. São elas: Ilhas Canárias (Espanha), Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, Saint Barthélemy e Saint Martin (França), os Açores e a Madeira (Portugal). Se encontram mais distantes do continente europeu, e, por este fato não partilham do mesmo desenvolvimento. Podemos considerá-las então como realmente periféricas em seu amplo sentido.

 É interessante para Espanha, França e Portugal, e para a UE como um todo, que se mantenham estes territórios sob suas possessões. Manter a ideia de que "a Europa continua além mar", não apenas por questões de maior posse territorial, mas por tudo que isso representa: maior influência espalhada pelo mundo, vizinhança americana, africana; condições fisicas, climáticas diferentes - o que poderia ser aproveitado como condições de diversificação de produção, conferindo maior competitividade a estes países -, maior diversidade cultural, econômica entre outros aspectos mais pontuais.

Ocorre que, as regiões e departamentos ultramarinos europeus ainda são mais identificados por colônias do que propriamente por pertencimento territorial e identificação com o poder central.
Seria mais interessante que Espanha, França e Portugal se empenhassem mais no desenvolvimento dessas regiões periféricas.

São reconhecidas as dificuldades relativas aos territórios em questão, como distância, insularidade, massa terrestre reduzida, terreno e clima adversos, mas caberia ao poder central vinculá-los mais diretamente a uma realidade européia, na medida do possível. E isso quer dizer, promover mecanismos de desenvolvimento da economia local, proporcionar especialização para criação de capital humano, capital conhecimento, desenvolver o setor de transportes, indústria, ou seja, dar-lhes as mesmas atenções de seus territórios mais próximos, de modo a compartilharem de um mesmo desenvolvimento

Priscila Haddad

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Os novos fatores da perifericidade a competição pela centralidade

Copus nos mostra a possibilidade da perificidade não geográfica. O que é perfeitamente plausível em um mundo que cada vez mais transmuta e torna porosa suas fronteiras. Estas já não tem o mesmo caráter mentalmente intransponível de antes, no qual o que havia do outro lado era o desconhecido e estranho. Hoje, as fronteira se confundem e não possuem, graças a tecnologia, um lugar fixo, ou talvez, nem existam mais em alguns sentidos.
Num mundo em constante mudança, a ordem do que está certo e errado, bom e mal e central e periférico não é diferente. As “revoluções” na economia podem deixar um país que era líder na produção de tal coisa na marginalidade no decorrer de um dia. A perifericidade não mais possui um caráter estritamente geográfico. Tem adicionado ao seu entendimento o elemento do desenvolvimento. Deste modo, é valido afirmar que a região que não dinamiza sua economia e acompanha os constantes câmbios do mundo pode ser jogada a perifericidade do sistema, mesmo que esteja do lado de uma região de grande poderio econômico.
Os novos fatores de perifericidade  são mais um conjunto de razões para que contribuem para o aumento da competitividade entre as economias, visto que agora qualquer região pode ascender ao centro do desenvolvimento econômico, implicando na descendência de regiões a pereferia do sistema. Deste modo, a mobilidade que estes novos fatores dão as regiões deve ser tratado com cautela, no sentido que de que se pense em soluções para abrandar a competição entre as regiões, e se possível, as tornem cooperativas.


Diego Lopes 3º RIV

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Economia da Inovação

Um dos desdobramentos da politica de coesão europeia  foi o fomento para  a criação de redes de cooperação em prol da inovação. O programa As regiões e a mudança econômica é um conjunto de ações financiadas pelo Fundo europeu de Desenvolvimento Regional voltada para o desenvolvimento econômico das regiões. Os temas abordados por essa serie de medidas são incentivados a estar em convergência com a agenda de modernização do bloco.
 A iniciativa de promoção da inovação é ainda fraca no Mercosul. Temos o Mercosul Digital (http://www.mercosuldigital.org/) que vem se demonstrando como um apoio crescente a inovação tecnológica. Todavia, as tecnologias sociais que podem fazer mudança na estrutura organizacional da governança e melhorar o compartilhamento de ideias e estabelecimento de redes de cooperação no âmbito regional ainda se mostra precário. No Brasil, o apoio a inovação, em diversos segmentos, se mostra pelo lançamento de editais pelos ministérios, como o da Cultura e o da Ciência e Tecnologia. Ainda no Brasil, foi lançada em 2006 a Lei de Inovação Tecnologica, que tem por objetivos:
1) Estimular a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação;
2) Estimular a participação de Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) no processo de inovação;
3) Estimular a inovação nas empresas;
4) Estimular o inventor independente e
5) Estimular a criação de fundos de investimentos para a inovação.

Um dos pontos que me chamou a atenção no texto foi um dos 30 temas prioritários do programa: gerir a migração e facilitar a integração social. Penso na dificuldade que seria se a América do Sul tivesse um grau de integração mais profundo e houvesse realmente um fluxo de pessoas entre os países. Tenho esse pensamento embasado nas noticias de descriminação de nordestinos nas redes sociais. Como pode ser pensado um integração entre as diferentes nacionalidades sul americanas, se os brasileiros estranham e querem expulsar de suas regiões seus compatriotas de outras regiões?



Diego Lopes 3ºRIV    RA4105708

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desenvolvimento Regional entre Regiões da UE

       Os programas já estudados de desenvolvimento regional sempre visavam combater a concentração da renda, da produção etc. Entretanto, a concentração da tecnologia e das pesquisas passava meio desapercebida. Além dos projetos desse programa serem mais voltados para esse aspecto, a iniciativa que mais chama a atenção na minha opinião é a chamada CLOE (Clusters Linked over Europe), pois trata exatamente de uma redistribuição ou compartilhamento de avanços tecnológicos entre as diversas regiões da União Européia. Utilizando-se dos Clusters para isso, há um intercâmbio de informações, dados, pesquisas entre diversos clusters de diferentes áreas, retirando-os de seu isolamento anterior em relação uns aos outros. Dessa forma, o desenvolvimento e as inovações aparecem mais rapidamente e com mais eficácia quando há uma comparação entre os programas, os resultados obtidos, os ajustes necessários pra cada localidade.
       Considero uma redistribuição pois os projetos contam com a ajuda daqueles pólos mais avançados, nitidamente concentrados, se notarmos a informação citada no texto de que 94 dos 100 maiores e mais desenvolvidos pólos estão concentrados naqueles 15 primeiros países. A contribuição desses pólos desenvolvidos com os pólos em desenvolvimento é louvável e de extrema utilidade, dando um impulso inicial que recoloca certas regiôes em condição de disputar um mercado, seja local, regional ou continental, como visto no caso dos marceneiros italianos auxiliados por peritos austríacos, ou então a parceria de uma empresa da Estônia com um já consolidado grupo finlandês da mesma área de produção de material para casas pré-fabricadas.  
       Outro ponto a ser citado na brochura é uma desfocalização de apenas (ou principalmente) uma área, obviamente a econômica, como era de praxe nos outros programas. Em "As Regiões e a Mudança Econômica" há uma abrangência maior de questões, explicitado na passagem dos 30 temas principais. O programa muda o enfoque pra setores como os de biotecnologia, inovação energética, desenvolvimento de programas sustentáveis, passando por questões concernentes à saúde. Sem dúvida, podemos considerar um avanço se comparado aos outros programas, e que provavelmente surtirá maior efeito no período pré-estabelecido.

Arthur Rehder da Cunha Patuci       -       R.A.: 4100308    -    Vespertino

As Regiões e a Mudança Econômica: Foco na Inovação Tecnológica

A brochura estudada demonstra um claro focono fomento à inovação tecnológica. Esta opção se faz clara quando percebemos sua conjuntura, personificada na relação: regiões e a mudança econômica. O caráter aglomerador e concentrador da renda e da produção em polos urbanos já era combatido nos programas estudados nas brochuras anteriores. Nesta, porém, é a inovação em si que é vista em um aspecto extremamente concentrado, estando 94 dos 100 maiores polos de inovação regional dentro das fronteiras do EU-15. Com isso, o que se destaca entre as iniciativas apresentadas nesta brochura é ampliar o alcance das demais regiões em inovar tecnologicamente, o que converge tanto com o ideal de coesão territorial quanto com o problema da estagnação e a "mudança econômica", já que esta inovação trará ganhos produtivos, diminuição de custos e maior competitividade no plano internacional. Com isso, o grande trunfo para impulsionar a pesquisa e a inovação nos programas apresentados é a formação de redes, como no programa CLOE (Clusters Linked over Europe) ou o REGINS (Regional Standardised Interfaces for a Better Integration of Regional SME in the European Economy). Tais redes se formam para combater o fato de que pequenas e médias empresas não possuem ganhos tão significativos a ponto de poderem se dar ao luxo de investir em pesquisa e desenvolvimento. Dessa maneira, a união em redes faz com que os custos sejam divididos, assim como os resultados, que se espalham assim para diversas regiões. É uma idéia extremamente interessante, que poderia facilmente ser utilizada em nosso país. Por fim, aponto a tão esperada referência ao imigrante e à integração social, objetivo número 21, na página 10!

Erick Baumgartner - 4104606

As regiões e a mudança econômica - abertura às novas idéias

Nos textos anteriores, quando se falava de Política de Coesão ficava a idéia da supremacia do econômico: seria política de coesão apenas investimento em infra-estrutura, transportes, pequenas e médias empresas (PMEs)? Mesmo idéias inovadoras e interessantes como as Redes Urban ao final voltavam a políticas relacionadas a este tipo de questão, não que não sejam importantes, porém ao ver de quem está de fora, outras questões necessitam destaque para uma coesão forte na União Europeia, para além da econômica.
O texto presente retoma questões que foram citadas na brochura com as metas para 2007-2013, desta vez com maior destaque: meio-ambiente, globalização e saúde. Pela primeira vez lemos a questão das migrações e integração social, ainda que seja um só parágrafo - e uma vertente econômica, além da própria organização social do trabalho e a questão demográfica
As regiões atuarão com autonomia, contudo terão uma maior abrangência de temas, possibilitando uma interlocução maior com outras áreas. Parece ser a ponte para uma Política de Coesão social - resta analisarmos para ver se isto ocorrerá realmente.
Alessandra Beber Castilho  3º RI vespertino RA 4100108

As regiões e a mudança econômica

Na elaboração das políticas de coesão da União Européia, atribui-se grande importância à integração entre regiões e cidades, como pode-se observar nas iniciativas Interreg e a rede Urbact. A iniciativa "As regiões e a mudança econômica" procura aproveitar a experiência adquirida nessas duas iniciativas anteriores, trabalhando por uma maior cooperação inter-regional centrada nos temas de desenvolvimento econômico.

Essa política de coesão incentiva a prática da inovação para desenvolver o potencial das regiões européias, através da aplicação dos fundos estruturais, além de abordagens diferentes e ajustadas à diversidade do potencial da inovação regional, e planejamento estratégico, aliados a um forte estímulo no sentido de promover a cooperação inter-regional.

A iniciativa trabalha com quatro vertentes: criação de redes em torno de temas específicos que façam uma ponte entre as políticas da UE e a agenda de modernização; uma vertente acelerada que forneça rapidamente um terreno para testar novas idéias; a integração das redes aos principais programas da Política Regional européia; e uma comunicação reforçada para divulgação e intercâmbio das boas práticas.

Os temas específicos, tratam, num geral, de melhoria na qualificação dos trabalhadores e no sistema de educação, gestão ambiental eficiente e sustentabilidade, promoção da inovação (seja ela tecnológica ou não), integração social e diversificação econômica. A intenção é fomentar a modernização econômica, reforçando a competitividade.

É possível observar a aproximação entre os objetivos dessa inciativa e das diversas outras já vistas, bem como a perspectiva integrada, indicando assim uma congruência entre as políticas de coesão da UE, o que é benéfico por proporcionar maior sinergia no processo de integração.

Isabella C. M. Mota 3º RIV

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

As regiões e a mudança econômica.

A nova iniciativa européia (As regiões e a mudança econômica) nos apresenta novos horizontes de caminhos já percorridos. Este novo projeto implementa áreas pouco exploradas anteriormente, e através do RegioStars é possível também traçar um cenário com as novas tendências de desenvolvimento e de que forma se constituirão as futuras parcerias e inovações da UE.
O novo projeto se caracteriza pelo incentivo: à competitividade sem esquecer o intercâmbio de "saber-fazer" e ao desenvolvimento e transferência de tecnologia através do  I&D (investigação e desenvolvimento). A novidade é que em "as regiões e a mudança econômica", o I&D começa a ter um papel não mais de coadjuvante mas de protagonista também ,o que potencializa e o deixa muito mais acessível às PME.
A partir disso, pode-se destacar outro ponto do novo projeto como o apoio à clusters e a parcerias. Essas tendências se encontram nos 10 projetos bem sucedidos apresentados pela brochura, que ao meu ver o que mais se destacou foi a parceria transfronteiriça entre Bélgica, Alemanha e Países Baixos. Esta parceria possui um objetivo peculiar, que  foi a criação de  um sistema de serviços de saúde numa perspectiva européia. A UE se interessou por essa inovação e sugeriu que se busque uma mudança política para uma futura cooperação como esta.
Embora o futuro pareça certamente menos desigual entre as regiões da UE, isso não é tão certo. Dessa forma, é importante que se continue com os projetos e para o avanço destes  é necessário que a UE mantenha a produção de informações e o fomento ao desenvolvimento.

Jessyca F. Zaniboni, 2RIN, RA.: 4202109

As regiões para mudança econômica

A brochura "As regiões para mundança econômica" traz a continuidade das políticas regionais na União Européia. Chama atenção o fato de problemas velhos (emprego, investimento) estarem sendo encarados pela UE de forma que também satisfaça as demandas atuais (através dos temas prioritários), tornando as soluções inovadoras e impondo uma nova ótica na busca por políticas de desenvolvimento regional.
O documento ainda demonstra repetidamente a importância dos clusters para a inovação tecnológica, difusão do conhecimento (know-how), atração de investimentos, geração de empregos e viabilização do crescimento econômico, sem, contudo, se esquecer das interfaces sociais e ambientais. Essa viabilização toma forma a partir da superação da concorrência em favor da cooperação, gerando benefícios mútuos, difíceis de serem obtidos sem essa condição.
Isso quer dizer que, além de trazer soluções integradas, a UE procura envolver todos os setores da sociedade para promoção de desenvolvimento, o que tem caracterizado seu pioneirismo nesse âmbito.

Isabella Soares Curce - 3º RIV

“As regiões e a mudança econômica”

As orientações estratégicas comunitárias e os programas da política de coesão para 2007-2013 são alvos de grandes montantes de investimentos que visam reforçar cada vez mais a ligação entre a convergência econômica regional e a modernização. Neste ínterim, surge a iniciativa denominada “As regiões e a mudança econômica”, no sentido de apoiar tal modernização das regiões e fomentar a competitividade dessas no contexto da parceria para o crescimento e o emprego.

Dentro da lógica proposta pela iniciativa, as redes que participam desta selecionam temas de desenvolvimento que mais lhes interessam, expandindo-os pelos Estados-Membros do bloco e promovendo-os com o co-financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Tais temas são dos mais variados, indo desde questões infra-estruturais, transportes e indústrias até questões ambientais e referentes às migrações.

Entretanto sabe-se que muito embora tais programas sejam incentivados e financiados, a atual conjuntura européia vem demonstrando determinados desequilíbrios bastante evidentes em diversas regiões do bloco.

A exemplo de tais desequilíbrios pode-se ressaltar o processo de relativa reversão dos ganhos sociais observado em países como a Grécia, a Espanha e Portugal, que se dá como um efeito dominó diante das tentativas dos governos em manter os padrões de vida anteriores. Como conseqüência disso, vemos, outrossim, os conflitos sociais ganhando cada vez mais destaque. “Na Grécia, há uma greve geral afetando em torno de 60% do efetivo, 90% do efetivo público em Atenas, e já atingiu o setor privado. Na Espanha, há sinais de greve geral. Em Portugal os sindicatos rejeitaram o plano de Sócrates, de cortes nas áreas sociais.” (BBC Brasil, 2010, on-line).

Muito embora se observe que as revoltas sociais estão focalizadas em países específicos é indispensável que as iniciativas e programas atuais da União Européia voltem-se para questões como a supracitada no sentido de otimizar a cooperação entre as regiões e evitar que tais revoltas sociais se generalizem.  

Letícia Carvalho 4ºRIV – RA: 4104007

As regiões e a mudança econômica

As estatísticas confirmam a existência de amplas desigualdades em meio às várias regiões e países membros da UE no que diz respeito à inovação e à I&D, bem como a perseverança de disparidades entre a UE e os seus principais concorrentes a nível mundial.
A Europa necessita ser mais inventiva e reagir mais velozmente à evolução do mercado e às primazias do consumidor para que a sociedade e a economia européias se tornem favoráveis à inovação. Entretanto, apenas é imaginável alcançar esses fins, caso se adote uma abordagem estratégica que suscite parcerias entre o círculo empresarial, da investigação, da educação e do setor público. Por outro lado, é na esfera regional que é mais eficaz lidar com a multiplicidade dos fatores determinantes para a investigação e a inovação. Por tudo isto, a redução do atraso da inovação entre as regiões européias é um dos objetivos primordiais da política de coesão, que investe, assim, em quatro áreas fundamentais: I&D e inovação; empreendedorismo; adesão às TIC e desenvolvimento do capital humano.
Assim, através da iniciativa “As regiões e a mudança econômica”, fomenta a criação de redes e a aprendizagem mútua a partir da experiência das regiões que conseguiram melhorar a sua capacidade de inovação, promover as TIC, desenvolver o capital humano e dar um impulso inovador aos pólos industriais.

Ricardo Sanchez Toniollo - 3RIV - 4101508

Inovar através da política regional da União Européia

As regiões e a mudança econômica na UE- Incentivo à inovação

Nessa última brochura de uma longa série de brochuras sobre a Política de Coesão da UE, mostra, principalmente, o avanço do projeto. Este, inicialmente, estava mais voltado para diminuir as disparidades econômicas regionais e assim, obter maiores êxitos econômico. Por isso, visava muito a providência de infra-estrutura, transporte e apoio às PMEs. Porém, passado essa fase inicial, percebe-se que o projeto vem tomando um novo caminho: o de incentivo à inovação que reforce a competitividade através de tecnologias e produtos inovadores provenientes de comunidades prósperas.

É importante destacar que esse novo viés do projeto não foi tomado abandonando o anterior, pois ele ainda é muito necessário principalmente depois da incorporação de novos membros. Pode-se dizer que foi apenas uma ampliação que se fez notável devido à necessidade de se propor novas formas de estimular as redes regionais e urbanas. Assim, se criou a iniciativa chamada "As regiões e as mudanças econômicas" para promover a parceria em ação, estabelecendo um intercâmbio de boas práticas e o financiamento global dos instrumentos da Política de Coesão. Foram estabelecidos pela Comissão 30 temas de desenvolvimento econômico para que cidades ou regiões criem programas eficazes em torno deles.

O interessante aqui é que esse 30 temas são bem amplos e se preocupam com o meio ambiente, desenvolvimento sustentável e questões de coesão social e cultural como a questão dos imigrantes que é bem estabelecido como um tema prioritário. O objetivo de tudo isso é incitar a inovação ao se tratar de temas relevantes e depois compartilhar o projeto que foi bem sucedido. Parece-me então, um amadurecimento do projeto Política de Coesão, que agora ficou muito mais abrangente e incluidor. Quem sabe não é a chave para o futuro coeso da UE? Afinal, precisa-se começar de alguma maneira e a evolução e a proximidade de se alcançar o objetivo vem como consequência.

Marina Silva e Silva - 3º ano RI vespertino

A potencialidade das regiões ultraperiféricas

As regiões ultra periféricas da U.E compreendem: Ilhas Canárias (Espanha), Martinica, Guadalupe, Guiana Francesa e Reunião (França), Ilha da Madeira e Açores (Portugal). Ambas as regiões são abrigo de uma biodiversidade incrível e possuem climas e características geomorfológicas singulares, o que contribui para que ofereçam muito potencial de investigação e inovação em setores como oceanográfico, de energia renováveis dentre outros.

Por se tratarem de regiões espalhadas pelo globo, sendo banhadas pelos 3 diferentes oceanos, estas regiões caracterizam-se pela grande dependência externa de seus produtos e ao seu parcial isolamento, sendo necessárias adaptações de suas políticas regionais para mudar a situação e estimular o desenvolvimento e inovação.

Tratando-se de regiões peninsulares, como estímulos a inovação e desenvolvimento destaca-se a utilização das fontes de energia renováveis, o cuidado com o marinho principalmente com os animais,estimulo as ciências da terra como a produção de frutas e legumes de Martinica, estimulo a dessalinização da água para países como Espanha e Tunísia, dentre outros.

Acredito que vale ressaltar, que o que antes era considerado fator de distanciamento das regiões ultraperiféricas para as demais regiões européias, tem se mostrado como fator de união. Aqui podemos citar o exemplo do estimulo a dessanilização da água do mar, visando obter água que possa ser utilizada tanto pela ilha como exportada para países da Europa que contem com sua escassez como é o caso da Tunísia. Assim, investindo-se nas potencialidades e singularidades de cada região ultra periférica - como biodiversidade e potenciais energéticos - contribui-se para o seu desenvolvimento e maior aproximação e cooperação com os demais regiões européias. Favorecendo dessa forma, a cooperação e coesão territorial de territórios europeus.


Thaissa dos Santos Marques RA:4102709

A questão da coesão das políticas na UE.

No texto: A serviço das regiões - A política regional da União Européia, são exemplificados as prioridades e os objetivos bem como os valores investidos em cada país almejando melhorias na sua política de coesão.


As políticas de coesão concentram-se em regiões menos desenvolvidas, estimulando dessa forma, sua recuperação e aumento de sua competitividade frente as demais cidades européias.

Um aspecto interessante das políticas de coesão, está no fato de esta visar a melhora e a modernização da administração pública, objetivando o aumento da transparência e boa governança, aliado a isso também o desenvolvimento e aumento de empregos na U.E.

No quesito cooperação territorial européia, compreende-se o destino de verba para três tipos: a cooperação transfronteiriça, a cooperação transnacional e a cooperação inter-regional e de redes de cidades.

Por tudo que foi mostrado no texto, acredito ser o FEDER o fundo de desenvolvimento mais completo, no sentido de abranger os três pilares básicos da política de coesão: convergência, competitividade regional e emprego e cooperação territorial na U.E.

Dessa forma, através de fundos como FEDER, é fundamental que se apóie a inovação e investigação das pequenas e médias empresas visando dessa forma, atrair investimento estrangeiro que auxilie a impulsionar as economias locais. As vantagens deste processo são: o acesso a novos mercados, a proximidade do país de origem do investimento, uma língua comum, baixo nível de impostos sobre o rendimento das empresas e a disponibilidade de trabalhadores qualificados.

Porém é necessário também, que se aumento a acessibilidade e a mobilidade sustentável, estimulando e aperfeiçoando as redes de transportes para que estas sejam acessíveis, interligadas e interoperáveis.


Thaissa dos Santos Marques RA: 4102709

As regiões ultraperiféricas da UE

              A União Européia possui sete regiões ultraperiféricas: as Ilhas Canárias, a Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, os Açores e a Madeira. Essas regiões possuem uma localização privilegiada, no que tange a gestão internacional de oceanos, dessa forma, são consideradas como fronteiras ativas da Europa.

              Porém, essas regiões sofrem com algumas desvantagens, como o relativo isolamento e a dependência externa de um grande número de produtos. Devido a esses fatos, a UE reconheceu a especificidade dessas localidades e a necessidade de adaptação das suas políticas regionais a situação. Embora já tenham sido aplicadas desde 2004, muito ainda pode ser feito, já que observa-se uma crescente dificuldade estrutural.

              Desenvolve-se atualmente muitos trabalhos nas áreas de energia renovável, investigação marítima, saúde e biodiversidade, para o densenvolvimento das potencialidades dessas regiões ultraperiféricas.

              " A partir de agora, as regiões periféricas devem ser consideradas 'regiões de oportunidades', oferecendo potencial de desenvolvimento não só em prol da competitividade, mas também a favor de toda a UE" (Pg.5)
.
              O trecho acima, mostra como a visão sobre essas áreas vêm se modificando, o que antes era considerado mais um motivo atenuador das disparidades econômicas e sociais na UE, hoje se mostra como uma potencialidade a ser trabalhada principalmente através do investimento em conhecimento e capital intelectual.

Izabella Prosdocimo - 3RI Vespertino - RA:4103009



Estratégias de Desenvolvimento Local e Regional: Clusters, Política e Localização e Competitividade Sistêmica Jörg Meyer-Stamer

   Nos países em desenvolvimento, a criação de clusters oferece a suas empresas uma vantagem competitiva, fazendo com que essas tenham mais chances de se destacar tanto no mercado interno, como no externo. Porém, o estabelecimento dos clusters nesses países é bastante complicada, visto que ao longo do tempo as empresas podem passar a ter uma dependência exarcebada do plano interno, bem como do externo. Desse modo, essas regiões podem tornarem-se, ainda, mais vulneráveis a crises e à concorrência externa. 

  Podemos observar uma certa dificuldade de se estabelecer uma relação de confiança tanto entre empresas, como entre empresas e governo.Trata-se de um grande desafio a ser superado, através da criação de uma situação onde a competição também possa indicar cooperação e em que o público seja visto como complementar ao privado, como nos diz a estruturação completa dos três triângulos do desenvolvimento.

  É interessante notar que a tendência nos países em desenvolvimento, é a descentralização da promoção econômica local dos clusters , a política de tecnologia, a criação de MPEs e respectivas atividades. Já nos países industrializados, a promoção econômica local é um fato consumado, cuja forma se modificou ao longo do tempo.

Izabella Prosdocimo - 3RI Vespertino - RA:4103009

Regiões Para a Mudança Econômica – Inovar através da Política regional da União Europeia.

O crescimento econômico está cada vez mais ligado à capacidade de mudança e de inovação das economias regionais, no entanto, a União Europeia investe menos em pesquisa e inovação que seus principais concorrentes, e é por isso que devem ser consagrados esforços significativos à criação de um ambiente que incentive a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação e que facilite a transição para a economia do conhecimento.

Sendo assim, os fundos estruturais para a pesquisa e inovação devem abranger as atividades de setores, tais como, universidades e institutos de investigação, instituições públicas, centros de transferência tecnológica, empresas, etc. visando um aumento na formação de pesquisadores, para que desta forma, seja colocada definitivamente a competitividade no centro da agenda política europeia, fazendo da Europa um espaço mais atrativo ao investimento, reforçando a iniciativa empresarial e criando um ambiente produtivo onde a capacidade de inovação possa crescer e desenvolver-se.

Alexandre Ap. de Souza Oliveira

“Los nuevos factores para el desarrollo de los territórios: marco teórico y metedológico” - Andrew K. Copus.

            Há algum tempo, acreditava-se que um país detentor de território localizado em regiões geograficamente privilegiadas (perto das fontes de matéria prima, perto dos principais importadores, dentre outros) teria um desenvolvimento maior do que os outros.

            Porém, atualmente, com o desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente nos setores da comunicação e dos transportes, a localização de cada território tem se tornado cada vez mais irrelevante. Não que o fator territorial tenha sido considerado descartável, mas aquela região que não está perto dos grandes centros, mas que recebe incentivos do governo local e que tem capacidade de aprimorar suas tecnologias, tem tantas chances de se desenvolver economicamente quanto outra, que esteja localizada nos grandes centros (industriais, exportadores, etc).

            Portanto, para que esse desenvolvimento seja viável, é necessário que haja investimento incessante destinado a inovação de tecnologias, assim como a criação de centros de conhecimento, para a formação de mão-de-obra especializada. Por fim, é importante destacar a importância do capital social e da eficiência do governo territorial e de seus bons gestores públicos.

Izabella Prosdocimo- 3RI Vespertino - RA:4103009

Regiões Ultraperiféricas

As regiões ultraperiféricas da União Europeia, aquelas que além de estarem distantes dos grandes centros do continente possuem ainda mais dificuldades de comunicação com o mesmo, são alvos de intensos esforços por parte da União no que tange a coesão territorial e econômica para com todos os países pertencentes a esta denominação, como Açores e Ilhas Canárias.
O foco da coesão direcionado para estas regiões se dá através da investigação e inovação de setores com valor altamente agregado comoo agroalimentar, energias renováveis, astrofísica, ciência aeroespacial, oceanografia,  vulcanologia, sismologia ou o estudo dos efeitos das alterações climáticas”.
Assim, estas regiões tornam-se alvo de investimentos por parte da União no que tange ao desenvolvimento de novas tecnologias e estudos em territórios com vantagens naturais as quais são aproveitadas no decorrer dos trabalhos para originar estudos não existentes em outras partes do globo, conectando essas áreas aos grandes centros.
Por isso, a publicação estudada mostra as experiências concretas neste sentido e exemplifica as possibilidades de evolução de tais regiões. Assim, o desenvolvimento observado se dá através do investimento em conhecimento, capital intelectual, para o surgimento de inovações.

Marco Trindade
4202908

Quem recebe, quanto e para quê?

Premiê grego diz que plano de ajuda da UE é ‘tímido’

Marcia BizzottoDe Bruxelas para a BBC Brasil

O premiê grego George Papandreou
Papandreou acusou órgãos europeus de 'falta de coordenação'
O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, criticou nesta sexta-feira a resposta da União Europeia à crise que o país atravessa, classificando a reação como "tímida e muito lenta".
“A Grécia não é um superpoder político ou econômico para lutar essa batalha sozinha. Nos últimos meses dessa crise, a UE nos deu apoio político. Mas, na batalha contra os receios e a psicologia do mercado, (a resposta) foi no mínimo tímida”, disse Papandreou em uma reunião de gabinete transmitida por diversas redes de televisão em Atenas.
As declarações do premiê foram feitas após a chegada dele de Bruxelas, onde participou de uma reunião com líderes do bloco europeu para discutir um eventual plano de ajuda financeira ao país.
O grupo, no entanto, não ofereceu nenhum tipo de ajuda financeira e se limitou a uma declaração de apoio político e a um compromisso de tomar medidas coordenadas se for preciso.
Papandreou disse que apesar de a Grécia ter recebido uma declaração de apoio, nos últimos meses atrasos e declarações conflituosas agravaram a situação do país.
Nesse sentido, o premiê acusou a Comissão Europeia, os países-membro e o banco central europeu de “falta de coordenação”.
Segundo ele, a especulação sobre o país “criou uma psicologia de colapso iminente”.
Em um comunicado divulgado após a reunião em Bruxelas, os líderes europeus justificaram a ausência de uma oferta de ajuda financeira no plano de apoio oferecido à Grécia.
Segundo o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, a ajuda financeira não estava na agenda “porque o governo grego não pediu tal ajuda”.
“Se o governo grego não pediu nenhuma ajuda financeira é porque ele acredita que é capaz de cumprir com suas obrigações”, disse ele.
Déficit
O déficit público da Grécia, de 12,7% do PIB, é mais de quatro vezes maior do que o permitido pelas regras da zona do euro impostas aos 16 países da União Europeia que adotam a moeda.
Diante desse cenário, o temor de que o país não será capaz de pagar uma dívida de mais de 16 bilhões de euros, que vence entre abril e maio, vem causando preocupação entre os investidores.
Como consequência, o euro sofreu esta semana uma forte desvalorização, e as bolsas de Espanha e Portugal, países que enfrentam problemas estruturais similares aos gregos, despencaram.
Os demais países da zona do euro expressaram o apoio "aos esforços do governo grego e ao compromisso de fazer tudo o que for necessário” para cumprir os objetivos determinados por seu plano de austeridade fiscal.
Um dos pontos desse plano que será observado atentamente pelas autoridades europeias é o compromisso do país de reduzir efetivamente o déficit público em quatro pontos percentuais em 2010.
O programa de austeridade fiscal elaborado pelo governo grego, que inclui medidas como o congelamento dos salários dos funcionários públicos e o aumento da idade de aposentadoria, não conta com a simpatia da população.
Na quarta-feira, o país se viu paralisado devido a uma greve nacional de servidores públicos em protesto contra essas medidas.


Alemanha aprova pacote de ajuda à Grécia

Angela Merkel
Para Angela Merkel pacote pode garantir estabilidade do euro
O gabinete de governo da Alemanha aprovou a contribuição do país para o pacote de ajuda à Grécia, planejado pelos países da zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
A medida ainda precisa da aprovação do Parlamento, que deve votar ainda nesta semana a liberaração da fatia do país no empréstimo - de 22,4 bilhões de euros (R$ 51 bi) durante os próximos três anos.
Apesar da oposição ao pacote de uma parte importante da população alemã, a chanceler Angela Merkel afirmou que o empréstimo é a "única forma de garantir a estabilidade do euro".
"A razão para esta lei é um último recurso - uma situação de emergência - na qual a Grécia não tem mais acesso aos mercados financeiros, e há um impacto na estabilidade do euro", disse Merkel em uma entrevista coletiva.
A Alemanha está entrando com a maior fatia do pacote de 110 bilhões de euros (R$ 251 bi) que serão liberados nos próximos três anos para ajudar na recuperação da economia grega.
Deste valor, 80 bilhões (R$ 182 vbi) de euros virão da União Europeia e o FMI contribuirá com o restante.
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Khan informou que a instituição deve aprovar sua parcela do pacote de ajuda até o final de semana.
O pacote é uma tentativa de evitar que a Grécia declare uma moratória de sua dívida, mas terá primeiro que ser aprovado pelos Parlamentos de alguns dos outros 15 países da zona do euro.
Em troca do empréstimo, o país terá de adotar medidas de austeridade, já anunciadas na manhã do domingo pelo primeiro-ministro grego, George Papandreou. Entre elas, estão reduções de salários e aposentadorias, e aumentos de impostos.
A primeira parte do empréstimo já será liberada antes do dia 19 de maio, quando a Grécia deve pagar uma parcela de sua dívida.
Cortes de orçamento
Investidores questionaram se o pacote de ajuda será o bastante para resolver os problemas mais profundos da Grécia e se o governo grego vai conseguir fazer os grandes cortes no orçamento que foram prometidos como parte do acordo para o recebimento do dinheiro.
Segundo a correspondente da BBC em Berlim Oana Lungescu, além do questionamento dos investidores, as últimas pesquisas de opinião mostraram que 56% dos alemães desaprovam a ajuda do governo à Grécia.
De acordo com o ministro do Exterior da Itália, Franco Frattini, o custo do pacote de ajuda poderia ser consideravelmente menor se os países da zona do euro tivessem tomado providências mais rapidamente.
"Era necessário intervir prontamente para ajudar a Grécia. Para evitar os danos, inicialmente falamos em 50 bilhões de euros, mas decidimos 110 bilhões apenas dez dias depois", disse.
"Nós esperamos a cautela de um grande país, como a Alemanha, demos tempo para pensar, mas, durante este período, o dano aumentou."
Outros políticos afirmaram que este pacote de ajuda destaca a necessidade de controles mais severos de finanças públicas.
"Quando acaba custando 110 bilhões de euros, você tem que mudar a abordagem", afirmou a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde. A França vai contribuir com 16,8 bilhões de euros (R$ 38,3 bi).

Estas duas notícias, a primeira datada de 12 de fevereiro de 2010 e a segunda datada de 03 de maio  fazem refletir sobre os planos da Política de Coesão na União Europeia para 2007-2013. Até sobre a política de coesão em si. Hoje em dia vê-se um aumento crescente das disparidades entre os países da UE, uma dificuldade na coesão nos países do bloco. Mais que um problema econômico, parece ser um problema sócio-cultural.  As fronteiras líquidas das transações econômicas são rápidas demais e causam reações extremadas com relação às políticas adotadas na União Européia. Até que ponto as políticas de coesão estão de fato funcionando? Cada vez mais vê-se a ascensão de uma direita nacionalista, ou medidas excludentes que visam fechar as portas ao outro. A França deporta ciganos búlgaros, os quais não são aceitos em seu país de origem e na França são considerados cidadãos de segunda classe, por exemplo. Mas ora, não são França e Bulgária membros da UE?
As políticas para 2007-2013 visam, assim como a maioria das políticas de coesão já aplicadas, fortalecimento das PME, aumento da competitividade e diminuição das disparidades regionais em nível econômico, cita a questão da solidariedade entre países membros. O documento diz, na página oito: "ajudar as regiões menos desenvolvidas a recuperar seu atraso pressupõe, evidentemente, que as regiões mais ricas terão de pagar mais para o orçamento da UE que aquilo que recebem. Por outro lado, a solidariedade não tem sentido ´único. A existência de infra-estruturas e de uma produção modernas, a utilização sustentável de recursos e melhor educação e formação das pessoas que vivem nas regiões mais pobres também beneficiam as pessoas e a economia dos países mais ricos"
Ao analisar as notícias acima, fica a pergunta: solidariedade? Os alemães protestam contra a ajuda do governo à Grécia. Gregos protestam contra a forma que esta ajuda terá, uma ajuda que será concedida caso apenas sejam tomadas medidas de austeridade, algo planejado pela Alemanha junto ao FMI. Analisando-as, parece que a Política de Coesão, quando a crise chega, fica no papel. Não?

Alessandra Beber Castilho, 3º RI vespertino, RA 4100108